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A Wehrmacht na Fase Ofensiva – Parte I


Não podemos negar o poder combativo da Wehrmacht enquanto teve condições de manter a ofensiva, independente de se apoiar as atitudes de Hitler ou crucifica-lo como “o maligno”, temos que admitir o potencial bélico que o exército alemão se revestiu em poucos anos de reestruturação. E não me refiro apenas a logística, armamentos e veículos, coloco um ponto especial para as estratégias que foram desenvolvidas pela Wehrmacht, antes nunca usadas, táticas novas e devastadores, muito embora que fracassada em manter os territórios ocupados, mas enquanto esteve na ofensiva estabeleceu vitórias que deixaram o mundo, à época, abismados. Então o caráter organizacional e pioneiro dos alemães é indiscutível.

 PS. Observem na primeira e segunda fotos onde estava a Legião Estrangeira Francesa.

  1. Mauro
    26/11/2011 às 1:18 AM

    – É muito correto tudo o que você disse FM e gostaria de ressaltar alguns pontos, me aprofundando um pouco mais neles.

    – Sobre o poder combativo da Wehrmacht que você ressaltou logo no inicio ele, é preciso ressaltar, não é fruto de disposições naturais no exercito Alemão, mas sim de reflexões apuradas, planejadas e estudadas dentro do que ainda existia do Grande Estado-maior Alemão dentro das restrições de Versalhes.

    – Enquanto o resto do mundo insistia em esquecer o conflito a Alemanha procurava retirar as lições dele, e o que ela concluiu foram às restrições apresentadas em todas as ocasiões em que o conflito exigiu a solução de um ataque decisivo sobre um objetivo qualquer, aos Alemães ficou claro que o conceito de ataque na primeira guerra estava muito limitado pelos recursos e Táticas empregadas tornando qualquer objetivo ambicioso e custoso demais diante das defesas de uma posição solidamente estabelecida. O ataque perdia recursos e ímpeto muito rapidamente extinguido a possibilidade da conquista dos objetivos estabelecidos.

    – A contribuição do Grande Estado-Maior para a solução do problema é bastante conhecida a Blitzkrieg, com o emprego simultâneo de todos os recursos do exercito, com ênfase na capacidade de manobra (e emprego dos tanques). Desta maneira “o poder combativo da Wermacht” subiu da simples capacidade de vencer batalhas, para subjugar nações inteiras em muito pouco tempo.

    – Quanto ao “Potencial Bélico” ao qual você se referiu foi mais difícil para a Alemanha ele se iniciou assim que Hitler subiu ao em 1933, ele já projetara isso, mas precisava de duas coisas para iniciar seus planos de rearmamento, a estabilidade econômica e de um pacto com a grande indústria Alemã, esse pacto foi uma maneira inteligente de resolver o problema pois desviou os recursos da grande indústria para a produção armamentista, que era financiada pelo governo, e ao mesmo tempo a produção absorvia a mão–de-Obra ociosa, assim o governo teria as armas que precisava, a indústria do capital financiado pelo governo, e os trabalhadores os salários pagos pela indústria.

    – Quanto as “Vitórias que deixaram o mundo a época, abismados”. E mais uma prova do “caráter organizacional e pioneiro dos Alemães”, pois aparentemente enquanto a Wehrmacht se esforçara no período entre guerras para resolver o problema do empasse que a guerra de trincheiras havia ocasionado a partir de 1914, e que poderia se repetir futuramente em face da necessidade de enfrentar futuros obstáculos como a Linha Marginot, finalmente encontrando a solução na Blitzkrieg, os Aliados ate muito tarde na guerra sequer conseguiam entender como a Blitzkrieg funcionava quanto mais encontrar uma solução para lidar com ela, foi notória por exemplo a incapacidade da Inglaterra de produzir um tanque que combatesse outros tanques e pudesse conquistar e manter posições a exemplo de como as divisões panzer atuavam, nessa área aparentemente só os Russos foram bem sucedidos, com seus excelentes modelos de tanques e a ideia de anular a capacidade de manobra dos Alemães transformando cidades em fortalezas, desgastando os seus recursos até que pudesse usar os seus numericamente superiores, mas que não nos enganemos a respeito das vitorias Russas no leste elas não foram adquiridas facilmente diante dos bem organizados Alemães os Russos nunca teriam chance com os Alemães se lutassem numericamente de igual para igual com eles a estratégia Russa se baseava mesmo na superioridade numérica descisiva, em Kursk enquanto Jukov comemorava a vitória sobre o ataque Alemão ele mesmo sabia que devia isso aos números a seu favor e não a habilidade Russa, basta considerar o balanço das perdas em ambos os lados, Manstein perdeu 50 mil homens no ataque, Jukov 180 mil na defesa, isto é um alerta para aqueles que insistem em desmerecer o potencial Alemão sob a alegação que sua fase de vitórias iniciais deveram-se ao fato dos adversários estarem despreparados.

    – escrito por Moriarty Pseud. de Mauro –

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