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Archive for 08/11/2012

O Que Fez Hitler Parar o Ataque em Dunquerquer? Parte II

Estamos analisando, a partir dos relatos de Liddell Heart, os motivos que levaram Hitler a ordenar a suspenção da ofensiva contra o Corpo Expedicionário Britânico e o restante das Forças Francesas estacionadas na cidade de Dunquerque.  No primeiro POST, Heart relata um encontro entre Hitler e Rundtedt na cidade de Charleville, na manhã do dia 24 de maio de 1940, quando nesta ocasião o general Rundtedt argumenta com Hitler sobre a necessidade de se diminuir o ímpeto da ofensiva. As informações estavam baseadas na biografia de guerra de Churchill que teve acesso aos diários de guerra de Rundtedt, coisa que o próprio Liddell tenta refutar.

O Que Fez Hitler Parar o Ataque em Dunquerquer? Parte I

Vamos continuar nossa analise sob a ponto de vista de Liddell Hear:

[…]

“Não há nada aqui, contudo, que mostre Rundtedt tomando a iniciativa de propor a ordem de interromper o movimento. O máximo que essa anotação meio vaga, do diário, mostra é que Rundtedt, ao analisar a situação, exprimiu ansiedades que concordavam com o ponto de vista de Hitler. Embora isto seja significativo, não é o bastante para justificar a rejeição pelo historiador do testemunho de todos os oficiais envolvidos de que a ordem definitiva partira do próprio Hitler e viera do seu Quarte-General. Além disso, as declarações deles são confirmadas por um registro contemporâneo mais explícito do diário que Halder mantinha no O.K.H.

O estudo deste registro em conjunção com às outras evidências torna a sequência dos acontecimentos mais clara. Após transposição do Mosa, a ideia original de Halder fora que o Grupo de Exército de Rundtedt deveria seguir na direção sudoeste. Seu eixo de progressão passaria por Compiègne e iria até o baixo Sena, perto de Rouen (embora Halder desprezasse a oportunidade de, após chegar a Compiègne, virar para o sudeste, na direção geral de Paris). A progressão seria “em escalão”, com os exércitos da esquerdas recuados, de tal sorte que quando avançassem protegeriam automaticamente o vizinho da direita de uma ataque de flanco. No decurso do movimento,  o exército de Kluge no setor direito seria transferido para o Grupo de Exércitos de Block, a fim de ajuda-lo a completar o engajamento dos exércitos aliados da Bélgica.”

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