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Archive for the ‘Wehrmacht’ Category

A Wehrmacht: Sem Julgamentos! Em Ação!

  Abrindo uma nova fase, vamos apresentar sempre vídeos reais da Segunda Guerra Mundial! Começando com o Exército Alemão, do ponto de vista militar, sem o julgamento pós-conflito, um grande Exército.

A Invasão da Polônia em 1939: Aspectos para Refletir

“Abrisse-se as portas do inferno”. Essa é primeira frase que se verificou nos jornais ocidentais quando Hitler, a despeito de todas as advertências inglesas e francesas, lança suas tropas contra a indefesa Polônia. Mais de 75 anos depois daquela fatídica sexta-feira, no distante 1º de setembro de 1939, ainda há muita controvérsia sobre o início do conflito e as causas que levaram o mundo a escuridão da guerra por anos. O próprio Hitler, já derrotado seis anos mais tarde, em seu bunker nos arredores da devastada Berlim, registra em seu testamento político que, ao contrário do que possam falar, ele não desejava a guerra em 1939. Se ele não desejava a guerra, então quais os motivos que levou ele ao conflito? Vejamos uma pequena análise das circunstâncias da eclosão da guerra.

Em 1938, líderes ocidentais se reúnem em Munique para discutir as investidas Nazistas contra a região dos Sudetos, de minoria germânica. Hitler recebeu os lideres da França, Inglaterra e da Itália para estabelecer as condições para evitar à guerra. As nações assinaram o Acordo Munique, mesmo sem a presença da Tchecoslaváquia, a região dos Sudetos foi anexado a Alemanha. Era a política da “paz a qualquer custo”, protagonizado pelo Premier Britânico Neville Chamberlain.

Não demorou muito, em 10 de março de 1939, Hitler ocupa toda a Tchecoslaváquia,  o encontro de Munique era mais estratégia de Hitler para ganhar tempo. Inglaterra e França, perplexos nada fazem, exceto uma promessa do Führer de que a ânsia territorial da Alemanha se encerrara. Não há guerra por isso, mas não por muito tempo.

Quando o “Cabo Austríaco” afirma: “As fronteiras de 1918 nada representam para a Nova Alemanha”, alusão clara que as imposições das condições territoriais de Versailhes não seriam mais toleradas, começa a planejar o próximo passo militar: a Polônia. Não antes sem estruturar uma estratégia que deixou o mundo estupefato, um pacto de não agressão com sua inimiga ideológica desde os tempos do Mein Kampf, os soviéticos. Ele queria uma fronteira comum e a certeza do não envolvimento da União Soviética, por isso considerou a divisão de influência e territorial do Leste Europeu com os Vermelhos. Sem se preocupar em abrir uma frente de combate indesejada em 1939, o caminho para Polônia estava assegurado.

A principal argumentação de Hitler era com relação à cidade Livre de Danzig, considerado uma aberração pelo Líder alemão. A partir de 23 de agosto, depois de assinado o Pacto Molotov-Ribbentrop que chocou o mundo mais do que a ineficiência dos políticos ingleses de entender as ações Hitler, nada mais impediria a Nova Alemanha a teoria nazista do Espaço de Vital (Lebensraum) .

Evidências históricas apontam para um planejamento detalhado das atividades alemãs para se voltar para a Polônia, sem a interferência Russa e com a o aval inicial da Itália. A ineficácia dos franceses e a indisposição inglesa tornou possível uma vitória militar em poucas semanas, mesmo com a bravura polaca, nada poderia ser feito com a primeira demonstração real do poderio militar da Alemanha, colocando em prática uma doutrina de avanço nunca antes vista, era a Blitzkrieg em sua versão mais letal.

Apesar das demonstrações de indignação e a Declaração de Guerra da Inglaterra e França e, posteriormente, pequenas incursões e ataques à fronteira franco-alemã, nada mais foi feito para impedir que em 06 de outubro a Alemanha anexasse à Polônia.

Em 17 de setembro a União Soviética invade a Polônia pelo norte, argumentando proteger os poloneses de origem soviética, evidentemente já alicerçados pela cláusula secreta do Pacto Molotov-Ribbentrop que dividia a Polônia entre as duas potências militares e que só seria conhecida no pós-guerra.

Uma Questão Histórica

Se a Alemanha invade a Polônia e a União Soviética também executa a mesma manobra 16 dias depois, qual o motivo da Declaração de Guerra das potências ocidentais ser apenas contra a Alemanha?

Essa é uma pergunta que muitos ideólogos fazem até hoje. Isso é uma retórica extremamente frágil de argumentação histórica.

França e Inglaterra (todo o domínio inglês) Declaram guerra em 03 de setembro, ou seja, 48 horas depois do início da invasão alemã. Dia 17, data da invasão do Exército Vermelho, a guerra já estava praticamente decidida, o Governo polaco praticamente já estava no exilio e a Polônia lutava uma guerra desesperada. Os diplomatas e políticos não entendiam a invasão dos soviéticos como uma questão territorial em 39, mas uma estratégia de impedir que o avanço alemão chegasse à fronteira soviética e, em última instância, não queriam uma escalada da guerra aos moldes de 1914. Portanto, compreensível que não houvesse uma Declaração formal de guerra aos soviéticos.  Importante essa concepção histórica para entendimento do conflito.

Por fim

                Mesmo à revelia da argumentação do Líder Alemão em seu Testamento Político, todos os indícios que se seguem desde que Hitler assumiu o poder plenamente em 1934, apontam para a conquista territorial através da intervenção militar, fato que concretizou com a Guerra Total em 1939 e a capitulação da Polônia, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo e finalmente a própria França.

                   Em 1941, a Nova Alemanha chegava ao ápice do Reich de Mil Anos, que duraria apenas mais quatro anos, com o Líder supremo alemão se matando com sua amante em seu último reduto nos arredores da devastada Berlim.

Qualquer outra afirmativa distante dessa argumentação é de difícil sustentação.

Fonte:

Kershaw, Ian – Hitler; tradução Pedro Maia Soares – São Paulo: Companhia das Letras, 2010

Jordan, David – A chronology of World War II – the ultimate guide to biggest conflict of the 20th century. Grange Books Ltd,  2007.

A Alemanha e a Invasão da União Soviética – Entendimento

        O processo de invasão da União Soviética estava na mente de Hitler desde a sua formação ideológica total. Era um projeto de poder. E todos sabiam do antagonismo dos regimes alemães e soviéticos. Por isso o pacto de não agressão Molotov-Ribbentrop, assinado à surdina de 23 de agosto de 1939, causou tanta estranheza as nações ocidentais. Todos foram pegos de surpresa com a declaração da assinatura do pacto. O resultado imediato permitiu uma invasão à Polônia coordenada com as forças soviéticas, ao ponto de terem estabelecidos todas as áreas de influências antes mesmo que qualquer tiro fosse disparado. Até hoje os defensores do regime comunista não acreditam que a figura de Stálin se alinhou com Hitler e caminharam juntos com os mesmos objetivos de 1939 a 1949. Argumentam que é uma mentira reconhecida dos capitalistas para denigrir a imagem de Joseph Stálin ou uma maravilhosa estratégia do líder soviético para ganhar tempo e se preparar para uma guerra inevitável. Duas argumentações, diga-se de passagem, falhas e sem cabimento. Primeiro é necessário entender que não há qualquer dúvida que o Pacto delimitava as condições de avanço alemão e previa as condições depois da capitulação polaca. Não há qualquer argumentação histórica séria que vá de encontro às condições a este cenário. Com relação à visão de que Stálin se preparava para uma guerra com a Alemanha, isso é uma argumentação extremamente difícil de ser defendida. A invasão da União Soviética ocorreu com um avanço territorial significativo durante as primeiras semanas de campanha, com pouca ou nenhuma resistência. O próprio Stálin já esperava uma invasão a Rússia, inclusive com um plano de abandonar a capital russa e realizar a transferência das fábricas bélicas para os Montes Urais.  Hitler opta por avançar em direção ao Cáucaso, a revelia do pensamento de militares expoentes como Guderian e von Rundstedt que acreditavam na conquista da capital. No sentido geral, não argumentosque possam embasar que se tratava de uma estratégica stalinista, estava mais para uma guerra desesperada pela sobrevivência. E a guerra não foi ganha pelas estratégias russa, quando estavam defendendo seu território, mas pela tenacidade de seus jovens soldados.

 Segue galeria da invasão alemã a território russo.

Serviço de Intendência. Onde a Vitória ou a Derrota Inicia!

Quando falamos em guerra, ou mais especificamente sobre a Segunda Guerra Mundial, logo alguém se levanta e fala sobre a revolução da guerra na utilização de blindados ou a importância da artilharia como força intimidadora nos campos batalha, ou até mesmo as novas formas doutrinárias para aplicação da infantaria. Mas, nenhuma outra arma ou serviço, passou a ser tão importante para o contexto de grandes operações militares, quanto o emprego da Intendência. O Serviço de Intendência Militar é o mais importante elemento para o contexto de uma guerra. A partir dela e para ela, os exércitos se configuram nos campos de batalha. Seus soldados, com as mais diversas qualificações profissionais que o Serviço exige, são empregados em áreas tão diferentes, tão distintas, que o conjunto destes, pode determinar o resultado de uma guerra.

A Alemanha quando se aventurou pelo vasto território russo, sabia que a sua logística seria o fato preponderante para a vitória ou para derrota. Erich von Manstein, alegou que a Wehrmacht deveria alcançar esmagar o inimigo em algumas semanas, do contrário, estaria enfadado ao fracasso, dado as linhas de suprimentos estarem fragilizadas. Neste mesmo contexto, quando Liddell Hart, historiador do Exército Inglês, perguntou a Wilhelm Guderian quais os motivos da derrota da Alemanha na União Soviética, ele, criador da doutrina do emprego de blindados Segunda Guerra, apontou para o Serviço de Intendência, que não fora capaz apoiar de perto as tropas mais avançadas.

Os Oficiais da Força Expedicionária Brasileira, ao chegar ao Teatro de Operações da Itália, foram matriculados em um estágio de combate, em um dos centros de treinamento Aliado. Ao final do estágio, o Coronel americano, comandante do Centro, solicitou a presença do General Mascarenhas de Morais, acompanhado do Coronel Lima Brayner, Chefe do Estado Maior, que registrou a conversa em suas memórias. “General”, disse o Comandante do Centro, “Os seus oficiais são extremamente dedicados e com grande vocação à liderança”. Chamou um dos Oficias que estava em forma e começou a inspecionar o militar brasileiro. “Mas esse material que eles estão usando é de péssima qualidade. Esse sapato, não aguentará mais do que alguns dias na linha…Esse capa, não tem nada de impermeável…Seus uniformes não são apropriados para esta guerra, General….”. A FEB, no primeiro contato na Itália, já tinha a certeza que seu Serviço de Intendência, teria que se superar.

Este Artigo é dedicado ao Presidente da Associação dos Oficiais da Reserva do Recife (AORE) 1º Tenente Int. Rogério Vasconcelos Júnior aos Alunos e instrutores do Curso de Intendência do CPOR/Recife e ao Aspirante  Int. Torreão do 7ºDSup, neto do Veterano da Força Expedicionária Brasileira Rigoberto de Souza.

Amanhã, 17/abril, publicaremos um artigo sobre o Serviço de Intendência da FEB.

A Maior Catástrofe Militar Portuguesa Depois de Alcácer-Quibir

Portugal entrou no conflito a partir de 1914 já na linha africana, com o objetivo de defender suas colônias. Mas apenas em 09 de março de 1916, Portugal declara guerra à Alemanha e forma, no ano seguinte, o Corpo Expedicionária Português (CEP). Em 1918, as tropas portuguesas foram deslocadas para defender a região de Flandres na Bélgica. A Alemanha preparava uma ofensiva desesperada para retomar a região dos Calais na França.
As tropas portuguesas estavam exaustas. Deveriam ser rendidas por tropas inglesas, mas por falta de barcos, o CEP ficou estacionado, defendendo a linha. Porém, muitos oficiais abastados conseguiram retornar para Lisboa e outros conseguiram favores para abandonarem suas tropas. Em todo momento o General Gomes da Costa, comandante do CEP, informava o governo de Lisboa sobre as condições das tropas. Casos de insubordinação, suicídio e deserções eram cada vez mais frequentes.

Em 09 de abril de 1918, o General Erich Ludendorff eclodiu a ofensiva “Georgette”. Em algumas horas de combate 7,5 mil soldados portugueses estavam feridos, mortos ou desaparecidos em combate. Infelizmente, a ofensiva ocorreu quando o exército português recebeu ordens para se deslocarem à retaguarda, sendo substituídas por tropas britânicas. O caos e o desespero dos portugueses eram generalizados.

Dentre os muitos casos de heroísmo em situações de guerra que ocorreram no decurso das Batalhas, um soldado português chama a atenção: Aníbal Milhais. Enquanto os soldados recuavam, o soldado Milhais ficou entrincheirado e defendeu sua posição contra o avanço da Wehrmacht. Depois passou à frente e, durante toda a Batalha, esteve lutando de trincheira em trincheira. Ao final, conseguiu retornar as linhas aliadas e foi condecorado com a Ordem da Torre e da Espada, maior condecoração de Portugal. Ficou conhecido como soldado Milhão.

Mais sobre sobre o soldado Milhões:

https://www.facebook.com/HeroiMilhoes

Marselha, Reduto da Resistência que Pagou o Seu Preço

Como citado no post anterior, a Alemanha contava em janeiro de 1943 com praticamente todo o domínio da Europa Continental. Neste mesmo ano, a frente oriental consumia ainda mais recursos humanos e de material, a virada em Stanligrado estava próxima. Mas Hitler tinha um problema sério com seus domínios territoriais, o aumento dos movimentos de resistência. Na França, esses movimentos financiavam operações que atacavam a infraestrutura utilizada pelos alemães. Em contrapartida, as ações para desmantelar esses movimentos se tornavam cada vez mais violentos.

Na cidade medieval de Marselha, nos dias 22, 23 e 24 janeiro de 1943, ocorreu uma grande operação contra a resistência francesa. O centro antigo da cidade com suas características ruas estreitas e vielas por toda parte, era considerado um reduto da resistência. A operação militar apoiada pela polícia francesa e tropas nazistas identificou cerca de 40.000 pessoas no antigo porto da cidade, deportou 2.000 judeus e obrigou a mudança de 30.000 residentes no local. O bairro foi destruído.

No pós-guerra os governos da Alemanha Oriental, Alemanha Ocidental e Itália pagaram enormes reparações, acrescidas de juros, para indenizar civis mortos, feridos ou que ficaram sem-teto ou indigentes como consequência da guerra, e para a reconstrução da cidade.

A deportação ocorreu inicialmente para um campo em Fréjus e posteriormente para o Camp de Royallieu, que era uma campo de trânsito para os deportados antes para os Campos de Concentração.

Baterias de Costa e a Guerra Estática da Alemanha

Quando a França caiu em 23 de junho de 1940, a Alemanha subjugava grande parte da Europa Continental. Os domínios do Reich chegavam ao auge e um Exército de ocupação seria crucial para a manutenção do domínio alemão. Esse Exército, deveria, além de manter o controle interno dos inimigos do Reich, também deveria estar preparados para um possível ataque das nações inimigas. Quando a frente oriental foi aberta e uma nova fase da guerra se voltava para uma possível invasão da França, ergueu-se a mais conhecida fortificação estática da Segunda Guerra Mundial, a Muralha do Atlântico. Um conjunto de fortificações que se estendiam dos Países Baixos até as costas normandas. A propaganda de Goebbels classificava a Muralha com instransponível e inexorável. Mas não resistiu a primeira inspeção de Rommel. Que a chamou de enganação, e só servia de propaganda.

A Wehrmacht, no final de 1943, estava agora atrás da Muralha fazendo uma guerra estática, parecido com as trincheiras da Grande Guerra, aguardando um movimento do inimigo. Ou melhor, o próprio sistema de defesa estático da Alemanha era tão complicado quanto a diversidade de unidades militares estacionadas pela França. As Baterias Costeiras estavam subordinadas a Kriegsmarine , mas até iniciar os desembarques de tropas inimigas, a partir deste momento, a subordinação passaria a Wehrmacht, que deveria impedir exatamente a consolidação de pressionar o inimigo de volta para o mar.

Essa complicação de subordinação também se dava para as unidades Panzers que só podiam ser acionadas por ordem direta de Hitler, ou seja, Rommel deveria contra-atacar, mas sem contar com as Unidades de Blindados, exceto se solicitasse em tempo para que eles fossem deslocados.

Um dos grandes fatores de preocupação para Rundstedt  e Rommel era o poderio naval dos aliados, por isso as fortificações costeiras foram construídas com uma proteção de concreto reforçado e dispostos de tal forma que resistissem a projéteis diretamente. Essas Baterias de Costas estavam prontas para atacar embarcações e tropas que chegasse às praias por elas protegidas. A proteção funcionou no Dia D. A maioria dos que lutaram nos Bunkers e Fortificações nas praias que desembarcaram inimigos, estavam vivos depois dos bombardeios navais e aéreos. Estavam surdos, mas vivos!

Vamos verificar como estas baterias funcionavam e o que restou delas no Dia D.

1º Setembro de 1939 – O Primeiro Marco da Guerra

 No dia 01 de setembro de 1939, iniciou a primeira grande ação militar que culminou com a Declaração de Guerra entre França e Inglaterra contra a Alemanha, dando início ao que conhecemos como Segunda Guerra Mundial. Nossas próximas publicações vamos analisar os aspectos da invasão Alemã contra a Polônia no que diz respeitos as condições políticas e militares. Vamos verificar os cenários anteriores da negociação de paz que foram tratados com o regime alemão e os aliados, além dos motivos que levaram a União Soviética a assinar um tratado de não-agressão com uma cláusula secreta que já previa a divisão do território polonês. E para fechar, porque não foi declarada guerra a União Soviética, já que no contexto geral, os dois países subjugaram a Polônia e a guerra sobreveio apenas aos alemães.

1939 – O Ano Que Mudou o Século XX – Invasão da Polônia

Enquanto a Polônia era Invadida em 1939…

História Completa da Segunda Guerra – De Olho na Polônia

História Completa da Segunda Guerra – O aniquilamento do Exército polonês

1939 – O Ano Que Mudou o Século XX – Polônia e Outras Guerras

Tanques Alemães na Frente Oriental – Visão Completa

 A primeira aparição do Tiger na frente oriental foi um fracasso. Os primeiros Tigers foram enviados ao 1º pelotão do 502º batalhão de tanques pesados (Schwere Panzer Abteilung 502). No dia 29 agosto 1942, os quatro Tigers chegaram à estação de trem de Mga próxima a Leningrado. Durante as primeiras horas da manhã os Tigers foram descarregados e preparados para o combate. Por volta das 11:00 da manhã, os Tigers entraram em suas posições de batalha. O Major Richard Merker comandou o pelotão, que incluía quatro Tigers, seis PzKpfw III Ausf. L e J, duas companhias da infantaria além de diversos caminhões da unidade de sustentação técnica. Um representante da firma de Henshel – Hans Franke acompanhou esta unidade num VW Kubelwagen que vinha atrás do primeiro Tiger. O Ataque foi um imenso fracasso, o terreno era lamacento, inadequado para o emprego de carros pesados como o Tiger, que atolavam com facilidade.

A infantaria russa recuou e sua artilharia abriu fogo pesado para cobrir as tropas. A unidade principal de Merker se dividiu em dois grupos atacando por duas estradas paralelas. O primeiro Tiger foi rapidamente imobilizado graças a uma falha da transmissão. O segundo foi abandonado poucos minutos depois devido a uma falha no motor. Apesar do fogo russo, o representante de Henshel começou inspecionar os tanques, rapidamente Merker se aproximou com seu Tiger e disse que o terceiro tanque estava fora de combate graças a uma falha no controle de direção. Durante a noite, todos os três Tigers danificados foram evacuados usando nove tratores Sd kfz (três por tanque!). Felizmente para os alemães, os russos não puderam organizar nenhuma ação para capturar os tanques abatidos.

Após a inspeção, as peças de reposição para os Tigers foram entregues pela fabrica da Henshel de Kassel em 15 de setembro todos os quatro Tigers estavam recuperados e preparados para a ação. A segunda ação dos Tigers não foi melhor do que a primeira. No dia 22 setembro, quatro Tigers, reforçados pelos tanques PzKpfw III, foram designados para acompanhar a 170ª divisão de infantaria no ataque ao exército soviético. O terreno arenoso tornou-se um verdadeiro lamaçal após as chuvas, o Major Merker se opôs ao uso dos Tigers nesta operação. Depois de uma ordem direta de Hitler, os Tigers entraram em combate. Logo após o ataque começar, o primeiro Tiger recebeu um impacto nas placas de blindagem frontais. O obus não penetrou, mas o motor parou e não havia tempo para reiniciá-lo, a tripulação abandonou o Tiger jogando granadas de mão no compartimento de combate, outros três Tigers alcançaram as trincheiras russas, mas foram danificados rapidamente pelo fogo cruzado da artilharia da russa enquanto atolavam no terreno lamacento. Mais tarde, os três Tigers foram evacuados, e os coordenadores alemães destruíram o quarto para evitar sua captura.

Os Tigers foram bem sucedidos em sua terceira batalha. Em 12 janeiro 1943, o 502º deu suporte à 96ª divisão de infantaria num ataque de tanques russo. O saldo foi que quatro Tigers destruíram 12 tanques T-34/76, obrigando os soviéticos a recuar. Em 16 janeiro, os russos capturaram seu primeiro Tiger durante um ataque alemão perto do Shlisselburg no front de Leningrado. O tanque capturado foi entregue imediatamente ao campo de provas de Kubinka onde foi inspecionado por engenheiros russos.

von Legat: “Camaradas, nós temos a arma perfeita, isso não será só um ataque, será uma caçada de ‘Ivans’.”

Em 1943, o exército do vermelho não tinha nenhuma arma comparável em poder de fogo ao canhão do Tiger, o 88 mm KwK 36 L/56 ou a sua blindagem pesada. Para o combate aproximado, a infantaria vermelha tinha os rifles antitanque PTRD-41 e PTRS-41 que disparavam granadas incendiárias de 14,5 mm com núcleos de tungstênio. Esta arma não podia bater um Tiger, mas, nas mãos certas, podia destruir os dispositivos óticos dos tanques ou danificar sua suspensão. Mas nos encontros entre a infantaria vermelha e tanques pesados alemães, os soviéticos fizeram largo uso de panzerfausts capturados.

Rundstedt: “Os tanques pesados russos representaram uma surpresa em qualidade e confiabilidade, desde o principio.” “

A artilharia era a arma principal do exército vermelho. Nem todos os tipos de canhões russos podiam penetrar a blindagem espessa do Tiger, mas concentrar o fogo de todos os canhões disponíveis nos tanques poderia danificá-los, podendo causar quebras no motor ou mesmo a detonação da munição. O canhão ZIS-3 de 76.2mm, usando munição antitanque poderia penetrar a blindagem lateral do Tiger (em distancias de 300-400 metros) ou destruir uma das esteiras. Por sua baixa mobilidade, o Tiger se tornava um alvo fácil para os canhões antitanque russos. Somente o canhão antiaéreo de 85 mm ou a versão A-19 de 122 mm podiam destruir o Tiger em distâncias maiores. Os soviéticos produziram muitos canhões antitanque, com diâmetro superior a 100 mm até o final da guerra.

Otto Carius: “Os americanos, – Que eu conheceria mais tarde na frente ocidental, não podem ser comparados com os russos. Os “Ivans” ateiam fogo em nossas posições com todos os tipos da artilharia, morteiros leves e pesados. Nós não podíamos sair de nossos abrigos a fim de checar nossos Tigers. Não é de estranhar que os russos quebrem facilmente nossa linha de frente após tal bombardeamento.”

Otto Carius: “A destruição de um canhão antitanque pode custar um par de tanques, eles são pequenos bem camuflados, esperando os tanques para uma emboscada. Geralmente enquadra-se o tanque no primeiro tiro. Se os artilheiros forem hábeis, podem bater os Tigers. Se não destruírem seu tanque com o primeiro disparo, não há tempo para fugir do segundo.”

Michael Wittmann : “É bem mais difícil achar um canhão antitanque do que um tanque propriamente dito, eles podem nos acertar várias vezes até os localizarmos.”

A artilharia de campanha do exército vermelho fornecia a sustentação antitanque para a infantaria. Quando o Tiger surgiu na frente oriental, o exército vermelho estava armado com o T-34/76 e diversas variantes do KV-1. Até o outono 1943, o exército vermelho tinha somente dois tipos de canhões de assalto: O canhão de assalto médio SU-122 e o canhão de assalto SU-76. Nenhum destes era eficaz nos encontros com o Tiger em distâncias maiores que 500 metros. O TigerTinha uma imensa vantagem em combates de longas distâncias. Durante a famosa batalha de tanques nos arredores de Prokhorovka, os comandantes russos fizeram uso da mobilidade superior do T-34 manobrando e atingindo os Tigers pelos flancos e retaguarda. O resultado da batalha foi um empate entre os novos tanques alemães contra os velhos tanques soviéticos, que se beneficiaram do terreno favorável. Esta foi a grande manobra dos generais Rotmistrov e do tenente-general Zhadov. A batalha terminou com perdas quase iguais, mas os sovietes mantiveram mais tanques na reserva para um contra-ataque, quando os alemães eram incapazes de continuar com sua ofensiva. Em fevereiro de 1944, realizava-se o rearmamento do T-34 com o canhão S-53 de 85 mm e então na metade de 1944 com 85 mm ZIS-S-53. Este novo canhão podia penetrar a blindagem lateral do Tiger I a uma distância de 800 metros e do lado da torreta a distância de 600 metros. Não era suficiente já que o Tiger podia destruí-los a distâncias de 1500 a 2000 metros.

O canhão de 85 mm AA era o canhão antiaéreo sem grandes aperfeiçoamentos. O S-53 era uma versão modificada projetada pelo departamento de projetos de F. F. Petrov’s a ser montado na torre do T-34/85. O Zis-S-53 era um S-53 modificado projetado pelo departamento de Grabin’s a fim de simplificar o canhão e reduzir seu preço, quanto à capacidade balística os dois canhões eram iguais. Do final de 1943 a metade de 1944, os principais oponentes do Tiger na frente oriental eram os canhões de assalto baseados no chassi do T-34 e do KV-1. Quando se descobriu que os tipos SU-76 e SU-122 existentes não poderiam penetrar a blindagem do Tiger em distancias superiores a 1000 metros, os soviéticos decidiram criar um novo canhão de assalto, o SU-85, armado com uma adaptação da peça antiaérea de 85 mm. A produção do SU-122 foi interrompida e o SU-85 foi adotado em seu lugar, seguido mais tarde pelo canhão de assalto médio SU-100.

Em 1943 outros canhões de assalto entraram em serviço como o super pesado SU-152. Foi baseado no tanque KV-1 e era armado com um obuseiro de 152 mm. Recebendo o apelido de Zveroboi (matador de feras) pela capacidade de destruir tanques alemães. No fim de 1943, um novo canhão de assalto, o ISU-152, baseado no tanque pesado IS-2. Foi armado com um obuseiro muito poderoso de 152 mm. O obus deste canhão podia penetrar qualquer parte da blindagem do Tiger ou até mesmo arrancar-lhe a Torre. Este canhão de assalto recebeu o apelido de “caçador de animais”. O peso do seu obus AP era de 48 kg (!!!), e de seu obus HE era de 41kg.

Otto Carius: “o impacto destruiu todo o lado direito da cópula do comandante. Mão fui atingido, porque tinha me curvado para acender o cigarro. De repente o canhão de assalto russo apareceu e eu dei uma ordem ao atirador para abrir fogo. E um segundo tiro, de um outro canhão de assalto, acertou a torre. Eu não posso recordar que maneira que deixei meu tiger . A única coisa que consegui salvar de meu Tiger foram os fones de ouvido.”

Apesar de usar os canhões de assalto com imensa habilidade, os exércitos soviéticos tinham a necessidade de produzir um tanque à altura do Tiger. No fim de 1943, um novo tanque pesado foi desenvolvido os IS-1, o exército vermelho recebeu os primeiros tanques em fevereiro de 1944. Ele recebeu uma atualização os IS-2. (Iosif Stalin, para Joseph Stalin. porque o alfabeto cirílico não tem o “J” ocidental) os tanques tinham uma silhueta mais baixa que as do Tiger e do Sherman. A Torre e as placas de blindagem frontais tinham 100 mm de espessura. As placas de blindagem laterais tinham 75 mm. Este tanque foi armado com o incrível canhão de 122 mm D25T que tinha 5 metros de comprimento. Estes tanques tinham uma vantagem marcante sobre os Tigers: a Blindagem era bem inclinada. Com estes tanques, o exército vermelho conseguiu finalmente um blindado que era superior ao Tiger I e equivalente ao König Tiger (Tigre Rei ou Tiger II) em muitos aspectos. Em março de 1944, os primeiros IS-2s foram testados em ação e provaram seu poder. Três mil tanques IS-2 foram construídos até o fim da guerra. Na opinião de Hasso von Manteuffel, ele foi o melhor tanque da II Guerra.

Manteuffel: “O ‘Stalin’ é o carro mais pesado do mundo; tem lagartas resistentes e boa blindagem. Outra vantagem esta na sua baixa altura – 51 cm inferior ao nosso mark V o ‘Pantera’. É sem dúvida um carro bom para a ruptura, mas excessivamente lento”. “

Durante a guerra, a união soviética construiu mais de 125.000 carros de combate blindados. A Alemanha construiu cerca de 89.000 e somente 2.000 deles eram Tigers e König Tigers . Não havia nenhuma possibilidade para que a Alemanha vencesse a Guerra no Front oriental.

Guderian: “Assim sendo, ansioso por aprender com a Historia, eu os advirto, para não subestimar os russos. No mínimo eles são capazes de copiar as ideias dos outros em muito pouco tempo”. “

Fonte: Hart, Liddel,  “O Outro lado da Colina, Biblex. (“The Other Side of the Hill”)

Segue Galeria com os principais Tanques Alemães e de seus adversários aliados:

Os Libertadores Alemães Chegaram!!

Imaginem a cena. Uma tropa durante a Segunda Guerra Mundial chega em uma cidade e é recebida como libertadora! Crianças correm para ver a tropa passar. Mulheres jogam flores para os soldados, algumas, mais exaltadas, tentam agarrá-los para beijar. A tropa, orgulhosa do feito, desfila garbosamente pelas ruas da cidade. O comandante recebe as autoridades locais e estes colocam à disposição mantimentos e alojamento. Tudo para os libertadores!

Essa cena se repetiu a cada cidade libertada no território francês e nos Países Baixos durante o avanço anglo-americano, contudo o relato acima se deu em inúmeras vezes com as tropas alemães invadiam a União Soviética. Muito ucranianos, lituanos e outros de etnias menores que eram oprimidos pelo governo de Stálin, viram a oportunidade de exercer a liberdade que nunca connhecerá.

O sonho se tornou pesadelo quando se percebeu que as forças de ocupação exerceriam opressão na mesma proporção dos “vermelhos”. Não demorou muito para que os mesmos soldados que eram recebidos com flores, foram os mesmos algozes e agentes da destruição de muitas cidades da União Soviética.

A conclusão é de que o povo dessas regiões tiveram um século XX de cão, sendo seguidamente oprimidos durante décadas e décadas, antes, durante e depois da Segunda Guerra Mundial.

Segue abaixo a galeria dos “libertadores” alemães:

O Soldado Alemão – O Melhor do Mundo?

O povo alemão foi considerado por muito tempo um povo cruel e militarizado, graças a campanha disseminada no pós-guerra. A principal característica oriunda dessa mística é disciplina notória dos alemães. Por isso o soldado alemão foi muito tempo considerado o melhor soldado do mundo, disciplinado e combativo. E as batalhas iniciais da Segunda Guerra elevariam essa observação para o seu mais alto nível.

Com o passar da guerra e com a rendição das forças do General Paulus em Stalingrado, o que o mundo viu e os soviéticos não cansavam de repetir, era de que o soldado alemão era tão humano como qualquer outro soldado de qualquer outro exército. Sujeito aos traumas e medos da guerra. Embora ainda senhora de milhões de quilometros quadrados de território, a máscara do soldado invencível caíra com o  6º Exército.

Quando as forças anglo-americanas abriram uma nova frente na França, o que se via era um Exército já bastante debilitado. Soldados com idade avançada ou muito jovens e unidades inteiras de estrangeiros. Claro, ainda contavam com forças extremamente combativas, mas muito longe da mística de invencibilidade do soldado alemão.

No final da guerra pouca coisa sobrou daquele soldado que era considerado quase uma força de outro planeta invadindo a França. O que sobrou eram os maltrapilhos e os doentes integrantes de uma exército derrotado.

Por fim não existem exércitos invencíveis, nem soldados invencíveis, o que realmente existe são homens muito bem treinados e equipados, mas que no final das conta são apenas homens, nada mais. Outros conflitos no pós-guerra iriam provar que exércitos poderosos poderiam ser vencidos, o Vietnã seria o maior exemplo.

Com vocês a galeria com a face do soldado que já fora considerado invencível.

Veículos Militares da Alemanha na Segunda Guerra

Quando se fala em blindados alemães a primeira coisa que lembramos são os panzes blindados consagrados pela Blitzkrieg, com isso deixamos de lado o excelente legado de veículos militares produzidos pela Alemanha no período da guerra, inclusive norteando a tecnologia para o pós-guerra. Portanto, vamos apresentar alguns dos veículos militares, blindados ou não, que foram utilizados largamente nas campanhas da Segunda Guerra pela Alemanha.

Final de 1944: Hitler Acreditava em Vitória Militar?

No final de 1944, a Alemanha não tinha nem mesmo a sombra das forças que tivera três anos antes. Neste período, a Wehrmacht tinha passado de uma guerra ofensiva para um dispositivo estático defensivo em todos os fronts. Em dezembro de 44, as forças alemães se preparavam para última ação ofensiva da guerra para eles. A Unternehmen Wacht am Rhein (“Vigília sobre o Reno”). A questão é: o que Hitler queria afinal?

Esquecendo a formação estratégica dessa operação, mas tentando entender o que uma ofensiva no ocidente iria proporcionar para a Alemanha naquela fase da guerra, levando em consideração que os soviéticos já avançavam sobre território alemão.

Uma pista interessante que pode lançar uma luz a mentalidade do Führer é a argumentação do autor Lev Bezymenski (1968). Sua análise é embasada nos contatos que alta cúpula nazista, com o aval de Hitler, mantiveram com empresários suíços para realizarem um elo com altos funcionários do governo inglês para uma paz negociada. Segundo o autor, os contatos foram realizadas no segundo semestre de 1944 e nos termos da paz, proposto pela Alemanha, o governo alemão ratificava a permanência do sistema de governo atual, inclusive com a manutenção de Hitler no poder. Esse era o principal medo da União Soviética, uma paz negociada dos ocidentais em separado. Embora cogitada,  os anglo-americanos não admitiam a manutenção do governo nazista na Alemanha, nem tão pouco a permanência do líder alemão. Hitler ao saber da completa rejeição dos ocidentais afirma: “Eles vão saber que não podem realizar a paz sem mim!”.

Portanto, levando em consideração a análise de Bezymenski, a Ofensiva das Ardenas foi uma tentativa de provar aos ingleses e americanos que a Alemanha ainda tinha condições de resistir e abrir ofensivas contra os Aliados, forçando uma saída negociada, pelo menos no ocidente, para então, se concentrar na luta contra os soviéticos.

Hitler jogou, apostou e perdeu. Sua atitude enfraqueceu o leste, e desperdiçou excelentes tropas; tropas que seriam imprescindíveis na contenção dos exércitos soviéticos. Tudo que ele queria aquele momento era parar o avanço sobre a Alemanha, cessando bombardeios e, se possível, jogar os americanos e ingleses contra os soviéticos.

Mas, no final das contas, nem mesmo ele acreditava em uma vitória militar.

Wehrmacht : Da Glória da Vitória a Humilhação da Derrota

Em 1939, quando eclodiu a Segunda Guerra Mundial, o mundo estava prestes a testemunhar uma força militar jamais vista até aquele momento. As Forças Armadas da Alemanha estavam preparadas para confirmar uma teoria de combate que permitira vitórias esmagadoras sobre nações, que ainda tinham o pensamento combativo fincado nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial.

A Wehrmacht foi uma máquina de guerra incomparável até 1943, quando Stalingrado provou que não existe Exército invencível. Depois desta batalha, a Alemanha jamais tomou a ofensiva.

Em 1945 o Exército do III Reich não era nem sobre do que fora anos antes. Milhões de vidas foram perdidas, excelentes soldados tinham perecidos nas campanhas e a Wehrmacht contava com garotos de 12 e 13 anos de idade em suas fileiras.

Quando derrotado, o soldado alemã mantinha a disciplina, marchava em forma sem qualquer tipo de rebeldia. Eles estavam cansados, eles só queriam voltar pra casa.

Wehrmacht – Uma Força Formidável

Podemos criticar os motivos que levaram a Alemanha sob a liderança nazista deflagrar a Segunda Guerra Mundial, podemos discutir se esses mesmos líderes foram criminosos ou não, podemos até admitir todos os crimes de guerra cometidos por ambos os lados, mas não podemos deixar de citar a força do Exército da Alemanha em suas ofensivas durante a Segunda Guerra Mundial. Claro, quando falamos da Wehmacht me refiro ao Exército regular e não a tropas como SS que possuíam uma natureza mais entrelaçada com o regime ditatorial de Hitler. O Exército da Alemanha implementou uma nova teoria militar, uma nova forma de combate, evidente que para os pacifistas, isso não é motivo de exaltação, contudo a grande maioria dos soldados alemães eram bravos guerreiros, e lutavam por suas vidas e pela vida de seus companheiros, e os nazistas eram minoria dentro do Exército, e foram postos a prova durante as duras campanhas e os vários fronts que foram abertos, e que, podemos afirmar, a derrota da Alemanha foi concretizada pelos disparates estratégicos de Hitler e a falta de uma logística de material para suprir o Exército, mas nunca pela força de seus homens. Esses homens lutaram até o último cartucho, enfrentando o Exército Vermelho dentro de sua capital, até cair por terra a última defesa. Mesmo quando todos não acreditavam mais na vitória, eles lutaram e morreram como soldados.

 

 

Melhores Fotos da Segunda Guerra Mundial