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Berlim, A Última Fronteira – Parte I

No final do ano de 1944, a Alemanha estava prestes a desencadear a ofensiva das Ardenas, a última tentativa de Hitler conseguir neutralizar o avanço Aliado pelo ocidente ou, como é sustentando por muitos estudiosos, uma desesperada saída negociada com os anglo-americanos. Muito embora Hitler acreditasse em uma reviravolta no cerco que se formava sobre ele, ninguém mais em Berlim contava com uma vitória completa da Alemanha.

Berlim, desde o final de 1944, já se preparava para o pior. O racionamento e os bombardeios sistemáticos sobre a capital alemã tornava a vida dos berlinenses triste e dura. Mas nada assustava mais do que as notícias que viam do leste. Os vermelhos avançavam com uma voraz sede de destruição. E o objetivo final era Berlim, e os alemães que moravam na capital sabiam disso.

 No início de 1945 foram formadas forças combativas para defender a cidade. O objetivo era defender suas casas e suas famílias, pelo menos esse era o argumento. Crianças foram recrutadas, velhos e mutilados de guerra, todos que pudessem empunhar uma arma deveria combater o inimigo que estava cada vez mais próximo. Treinamentos e treinamentos eram dados aos civis para manusear armamentos leves e outros mais adequados aos combates contra os tanques, como os panzerfausts, de fácil manuseio, ele seria a principal arma para destruir o inimigo.

Mas era uma missão perdida, todos sabiam disso, tanto sabiam que muitos se recusaram a lutar, muitos tentaram se refugiar assim que as investidas contra a cidade iniciaram. Estes, considerados covardes, quando eram pegos, eram enforcados.

Nada adiantou, os arredores de Berlim são alcançados pela artilharia russa na segunda semana de abril, bastaria mais duas semanas para que ela caísse juntamente com toda a cúpula nazista. Era o fim da última fronteira a ser conquistada pelos Aliados na Europa.

A Batalha por Berlim – I Parte

A batalha por Berlim foi talvez a batalha mais feroz da Segunda Grande Guerra. Os invasores russos em grande número, com armas pesadas e um ódio amargo com a Alemanha. Os defensores: alguns remanescentes tristes de uma outrora temida força armada alemã, mas agora dependia de velhos e meninos armados principalmente com Panzerfaust.

A luta foi amarga. Os alemães estavam lutando por suas vidas e poucos por ideologia. Nesses dias coisas brutais aconteceram nos últimos dias de abril, em Berlim de 1945.

O capítulo final do Terceiro Reich começou em 16 de abril de 1945, quando Stalin desencadeou o poder brutal de 20 exércitos, 6.300 tanques e 8.500 aeronaves, com o objetivo de esmagar a resistência em Berlim. Por acordo prévio, os exércitos aliados (posicionados a aproximadamente 120km a oeste)  interrompeu seu avanço sobre a cidade a fim de dar aos soviéticos uma área livre. As forças alemãs bastante debilitada, colocou tudo que pode para defender e repelir os ataques russos, mas acabou sucumbindo à força esmagadora do exército vermelho. Em 24 de abril, o exército russo cercou a cidade lentamente, apertando o seu domínio sobre os defensores nazistas restantes. A luta foi de rua em rua, de casa em casa, as tropas russas abriam caminho em direção a chancelaria de Hitler no centro da cidade.

Dentro do bunker subterrâneo Hitler viveu amargurado em suas últimas horas. Casou com sua amante de longa data e, em seguida, cometeu suicídio. Acabara o Terceiro Reich de Mil anos.

Dorethea Von Scheanenfluegel tinha 29 anos de idade e morava com a mãe em Berlim. Ela juntamente com seus vizinhos estavam no apartamento para aguardar o fim que se aproximava – a única esperança era que os Aliados ocidentais chegassem antes dos russos.

“Sexta-feira, 20 de abril, o rádio anunciou que Hitler tinha saído de seu bunker à prova de bomba para conversar com meninos de 14 a 16 anos de idade, que se ofereceram voluntariamente para morrerem em defesa da cidade. Que mentira! Estes meninos não eram voluntários, mas não tinha escolha, porque os meninos que foram encontrados escondidos eram enforcados como traidores pela SS, como um aviso de que, quem não teve coragem de lutar tinha que morrer. Quando não havia mais árvores para enforcamento, começaram a usar os postes de luz. Eles estava pendurados por toda parte, militares, civis, homes, mulheres, cidadãos comuns, que tinha sido executados por fanáticos seguidores de Hitler”.

 

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