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Londres: A Voraz Resistência!

Não adianta negar ou diminuir a abnegação dos ingleses na fase mais difícil da guerra. Quando a França caiu e a Alemanha era senhora de quase toda a Europa Continental as ilhas de sua majestade se preparavam para uma invasão certa. Civis eram treinados para resistirem e fortificações eram consolidadas na costa para o primeiro ato de desespero. Contudo, nada era tão massacrante para os londrinos quanto o bombardeios que a Luftwaffen realizava quase que religiosamente. Os londrinos passavam a se abrigar e a vivia nos subsolos da cidade. Famílias inteiras habitavam os esconderijos, metros e qualquer buraco onde pudessem resistir as bombas despejadas quase toda noite.

E assim a Inglaterra resistiu a fase mais negra para Londres. Dizem as más línguas, que Churchil vibrou com os ataques a Pearl Harbor, que serviu “Tábua da Salvação” para uma Inglaterra cambaleante.

Dia D e a Normandia: O Preço Pela Liberdade!

Se o sucesso da Operação Overlord sofreu criticas, principalmente em relação aos objetivos do primeiro dia, em especial no setor de Omaha Beach, em se tratado das consequências da população civil da Normandia as criticas foram mais que fundamentadas. Mesmo aclamando as forças Aliadas como libertadoras, a destruição indiscriminada das cidades costeiras e portos normandos, causaram milhares de baixas civis. Já no dia 05, no desembarque aerotransportado, as baterias antiaéreas e os combates das tropas, causaram vários incêndios nas cidades. Mas, nada se compararia a artilharia da marinha Aliada devastando milhares de casas no raiar do dia 06 de junho de 1944, o Dia D.

Para se ter uma ideia da estratégia utilizada pelas forças invasoras, Caen era uma dos objetivos do Dia D, considerada por Montgomery como crucial para o sucesso da invasão. A cidade não caiu no Dia D e as forças alemãs resistiram por semanas naquela localidade. Como não foi possível a conquista, simplesmente a cidade foi totalmente destruída. Um bombardeio incessante destruiu todas as construções da cidade.

Em termos militares sempre estamos nos impressionando com o Dia D, mas não devemos esquecer que a guerra consiste em perdas humanas, e muitas delas, inocentes vidas humanas. Portanto, não devemos apenas entender o contexto militar ou a bravura individual do soldado, mas também horar a memória de quem testemunhou a guerra em sua cidade, sua rua e sua casa.

Segue uma sequência de fotos selecionadas da Normandia no Dia D, e nas semanas posteriores, para que possamos entender o pouco o sofrimento de uma geração que passou anos sob o julgo de uma nação estrangeira, e teve que pagar com seu próprio sangue pela sua liberdade. Reflitamos!

Berlim, A Última Fronteira – Parte I

No final do ano de 1944, a Alemanha estava prestes a desencadear a ofensiva das Ardenas, a última tentativa de Hitler conseguir neutralizar o avanço Aliado pelo ocidente ou, como é sustentando por muitos estudiosos, uma desesperada saída negociada com os anglo-americanos. Muito embora Hitler acreditasse em uma reviravolta no cerco que se formava sobre ele, ninguém mais em Berlim contava com uma vitória completa da Alemanha.

Berlim, desde o final de 1944, já se preparava para o pior. O racionamento e os bombardeios sistemáticos sobre a capital alemã tornava a vida dos berlinenses triste e dura. Mas nada assustava mais do que as notícias que viam do leste. Os vermelhos avançavam com uma voraz sede de destruição. E o objetivo final era Berlim, e os alemães que moravam na capital sabiam disso.

 No início de 1945 foram formadas forças combativas para defender a cidade. O objetivo era defender suas casas e suas famílias, pelo menos esse era o argumento. Crianças foram recrutadas, velhos e mutilados de guerra, todos que pudessem empunhar uma arma deveria combater o inimigo que estava cada vez mais próximo. Treinamentos e treinamentos eram dados aos civis para manusear armamentos leves e outros mais adequados aos combates contra os tanques, como os panzerfausts, de fácil manuseio, ele seria a principal arma para destruir o inimigo.

Mas era uma missão perdida, todos sabiam disso, tanto sabiam que muitos se recusaram a lutar, muitos tentaram se refugiar assim que as investidas contra a cidade iniciaram. Estes, considerados covardes, quando eram pegos, eram enforcados.

Nada adiantou, os arredores de Berlim são alcançados pela artilharia russa na segunda semana de abril, bastaria mais duas semanas para que ela caísse juntamente com toda a cúpula nazista. Era o fim da última fronteira a ser conquistada pelos Aliados na Europa.

Os Aviões da Segunda Guerra – A Morte e a Tecnologia Lado a Lado!

Não! Não há como negar que o desenvolvimento da aeronáutica foi a outro patamar depois da Segunda Guerra Mundial. Não há precedente para determinar o quão importante os aviões foram para as nações envolvidas nesse conflito. Frases como a do velho Churchil: “Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos”, só foi possível graças aos pilotos e seus aviões, que defenderam a Inglaterra contra o terror vindo dos céus, algo impensado se voltarmos apenas cinquenta anos antes do conflito. Nesse contexto podemos afirmar que foi assustadoramente maravilhoso o desenvolvimento dessas máquinas.  Expressões como “Superioridade Aérea”, “Bombardeios Aéreos”, “Força Aérea”…Passaram a ter um peso importante na estratégia militar dos países.

Por fim, não podemos negar que recebemos como herança o avanço tecnológico de uma área que avançou sobre o custo de milhões de vidas, mas, infelizmente, assim caminha a humanidade…Assim voa a humanidade.

As Consequências do Dia D para a População da Normandia

A Operação Overlord foi desencadeada para conquistar os territórios ocupados na França pelos alemães desde 1940, e o povo francês ansiava por essa liberdade, contudo a libertação teve um alto preço. O Comando Supremo Aliado deu ordens para bombardear pesadamente as cidades normandas, principalmente aquelas onde a resistência alemã se mostrou consistente nos primeiros dias de invasão, como por exemplo, Caen.  Os civis dessas cidades foram sendo contabilizados como contingência da guerra, perdendo suas casas e testemunhando suas propriedades sendo destruídas, ora com os bombardeios sistemáticos, ora por combates intensos entre as tropas que lutaram em suas cidades e ruas. O resultado desse processo foi uma destruição de quase todas as edificações das cidades litorâneas e à medida que a guerra avançava no território francês mais civis entravam na linha de frente.

Evidentemente os objetivos eram nobres, contudo os meios foram severamente criticados no pós-guerra, já que os desabrigados e mortos civis foram em números tão elevados quanto a operação que libertou a França.

Batalha Aérea Sobre a Inglaterra – A Primeira Frustração de Hitler

 As fontes da sequência a seguir são da BBC History Internacional, Deutsches Bundesarchiv e do Arquivo Federal da Alemanha. Todas as fotos possuem uma natureza singular, e deixaram-me particularmente pensativo com relação a forma como o povo inglês encarou a guerra. Evidentemente que já esta nos anais da história a bravura dos soldados, sejam eles Aliados ou do Eixo, pois é o que se espera de um soldado lutando pela sua pátria, contudo o que as fotos transparece é a bravura dos civis ingleses, que mesmo tendo perdido casas, comércio e empregos continuavam firma lutando para manter uma rotina de trabalho e colocar o país para andar, mesmo com a expectativa de uma invasão e com bloqueios marítimo a todo vapor. Muito de nós, estudiosos, catedráticos, revisionistas, tradicionalistas e afissionados pelo assunto Segunda Guerra, podemos discutir por vários motivos, mas há também vários pontos passíveis que não cabe discurssão, um deles é a bravura do povo inglês, não apenas seus pilotos, mas também toda a população da Inglaterra que seguiu, depois da França e com um tratado de não-agressão entre a Alemanha e a URSS assinado, sendo o último reduto inalcançável longe das mais de Adolf Hitler.

A cúpula da St. Paul’s Cathedral (sem danos) se destaca entre as chamas e fumaça de edifícios circundantes durante os ataques pesados ​​da Luftwaffe em 29 de dezembro de 1940, em Londres, Inglaterra. (AP Photo / US Office of War Information).

A formação dos alemães bombardeiros Heinkel He 111 em vôo baixo voam sobre as ondas do Canal Inglês em 1940.(Deutsches Bundesarchiv / Arquivo Federal da Alemanha).

Três baterias antiaéreas  – flash no escuro em Londres, em 20 de setembro de 1940, atacando aviões alemães. Conchas em linhas empilhadas atrás do apoio saltam sobre armas como os abalos do disparos.(AP Photo).

Estes alunos Londres estão no meio de um ataque aéreo. É ordenado pelo Conselho de Educação de Londres como uma precaução no caso de um ataque aéreo muito rápido para dar aos jovens a chance de sair do edifício para abrigos especiais, em 20 de julho de 1940. Eles foram obrigados a ir para o meio da sala, longe das janelas, e manter suas mãos sobre as costas de seus pescoços.(AP Photo).

Uma dupla alemã Messerschmitt BF 110 bombardeiro, apelidado de “Fliegender Haifisch” (Tubarão Voador), sobre o Canal Inglês, em agosto de 1940.(AP Photo)

As trilhas de condensação de aviões de caça alemães e britânicos envolvidos em uma batalha aérea aparecem no céu sobre Kent, ao longo da costa sudeste da Inglaterra, em 03 de setembro de 1940.(AP Photo).

Incêndios pelas bombas alemãs que iluminou as docas ao longo do rio Tamisa em Londres, em 07 de setembro de 1940, e trouxe alívio para os navios mercantes aguardando ao lado do cais. Fontes britânicas disseram que o bombardeio daquela noite era o mais pesado da guerra até a data.(AP Photo).

Uma grande coluna de fumaça para cima de um incêndio começou em Plymouth, Sudoeste da Inglaterra, em novembro de 1940, como resultado do bombardeio inimigo pesado.(AP Photo).

A cauda e a parte da fuselagem de um avião Dornier alemã que caiu em um telhado de Londres em 21 setembro de 1940, depois que aviões de combate britânicos abatera-o  em 15 de setembro. O resto do avião caiu perto da Victoria Station.(AP Photo).

Trabalhadores encaixar um conjunto de parabolóides em um detector de som para uso de das baterias anti-aéreas que protegiam a Inglaterra, em uma fábrica em algum lugar na Inglaterra, em 30 de julho de 1940.(AP Photo).

 O maior centro de transporte de suprimentos para Londres, Tilbury, foi alvo de numerosos ataques aéreos alemães. Bombas caindo sobre o porto de Tilbury, em 04 de outubro de 1940. O primeiro grupo de bombas acerta os navios no Tâmisa.

Dois alemães Luftwaffe Ju 87 bombardeiros de mergulho Stuka retornando de um ataque contra os britânicos na costa sul, durante a Batalha da Grã-Bretanha, em 19 de agosto de 1940.(AP Photo).

A exposição 90 minutos tirada de um telhado na rua Fleet durante um ataque aéreo em Londres, em 02 de setembro de 1940. Os holofotes no lado direito sobre o tinha pego um combate. As marcas horizontais em toda a imagem são de estrelas e os wiggles. As pequenas distorções foram causadas pelo fogo antiaéreo e a vibração da câmera. O piloto alemão lançou um flare, que deixou uma raia em todo o canto superior esquerdo, atrás da torre da Igreja de St. Bride.(AP Photo).

Os Bombardeios obrigavam as  pessoas e dormir na plataforma e nos trilhos de trem, em Aldwych ,estação de metro de Londres, depois de sirenes soaram para avisar sobre bombardeios alemães, em 8 de outubro de 1940.(AP Photo).

O Palácio de Westminster, em Londres, em silhueta contra a luz de incêndios causados ​​pelos bombardeios.(Library of Congress).

A força da explosão de uma bomba em Londres empilhou esses veículos um em cima do outro em uma rua depois de um ataque em 05 de dezembro de 1940.(AP Photo).

Esta menina sorrindo, suja, mas aparentemente sem ferimentos, foi socorrida em uma rua de Londres em 23 de outubro de 1940, depois que ela foi resgatada dos escombros de um prédio danificado por um ataque diurno.

Bombeiros lançam spray de água em edifícios danificados, perto da Ponte London, na cidade de Londres em 09 de setembro de 1940, depois de ataques recentes no fim de semana.(AP Photo).

Centenas de pessoas, muitos dos quais perderam suas casas por meio de bombardeios, usam as cavernas em Hastings, sudeste da cidade como seu refúgio noturno. Seções especiais são reservadas para jogos e recreação, e várias pessoas têm “personalização”, trazendo seus próprios móveis e dormindo em suas próprias camas. Foto tirada em 12 de dezembro de 1940.(AP Photo).

Não se intimida com uma noite de ataques aéreos alemães em que sua frente de loja foi destruída, abre pela manhã depois de “business as usual”, em Londres.(AP Photo).

Tudo o que resta de um bombardeiro alemão derrubado no sudeste Inglês costa, em 13 de julho de 1940. A aeronave está repleta de buracos de bala e metralhadoras que o colocaram fora de ação.(AP Photo).

Trabalhadores britânicos em uma jarda de salvamento acabam com os restos de invasores destruídos, que foram derrubados na Inglaterra, em 26 de agosto de 1940.(AP Photo).

A sucata enorme onde aviões alemães, derrubados na Grã-Bretanha, foram despejados, fotografado em 27 de agosto de 1940. O grande número de aviões nazistas abatido durante os ataques na Grã-Bretanha fez uma contribuição substancial para a campanha nacional de salvamento de sucata de metal.(AP Photo).

Amanhã a Segunda Parte!