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Alemães: Aclamados como Libertadores, mas não por muito tempo…


Falando de uma questão controversa, que sempre levanta discussão quanto à veracidade do fato. É verdade que os alemães foram aclamados como libertadores em alguns países como União Soviética, Polônia, Tchecoslováquia e outros? E que, inicialmente, houve uma convivência pacífica entre dominantes e dominados?

A resposta é sim para quase todos esses países, mas principalmente da União Soviética, nas regiões que outrora fizeram parte da Prússia Oriental, de origens germânicas. Esses povos que estavam sob o julgo de Stálin, e não adianta dizer que não era julgo! Receberam as tropas alemãs com o entusiasmo e a alegria da liberdade. Esse fato se repetiu por várias cidades, principalmente aquelas mais castigadas pela repressão política do regime de Moscou.

Com relação a outros países, como os Países Baixos, a política que se introdução era de dar certa autonomia administrativa, mas sem perder o esforço econômico na guerra, ou seja, em outras palavras, envio de ativos e de bens e serviços em prol de Berlim, por isso, sempre houvera medidas impopulares que deixavam o clima tenso entre as forças de ocupação e os nativos.

Eis um dos erros apontados para a queda do Reich, sua política de ocupação. Em várias cidades onde o Exército Alemão foi recebido como libertadores, com o passar do tempo e a implementação de uma política tão repreensiva, excessivamente violenta e de exploração econômica, tornou possível a formação de cidadãos que viriam a lutar pela expulsão em definitivo dos alemães, conhecidos como partisans.

Não houve qualquer tipo de tentativa de aproximação ou de benevolência entre Berlim e os países ocupados, pelo contrário, demonstração de poder era comum entre os representantes de Hitler, suscitando ódio e medo. As tropas de ocupação eram autorizadas a confiscar, tributar, julgar e condenar da forma como bem entenderem para a manutenção do poder pela força, sendo esse cenário insustentável por um período muito longo.

Se o sistema de Hitler fosse voltado para conquistar um aliado e não mais um inimigo velado nos territórios já dominados pela força, talvez a história da guerra fosse outra.

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  1. Prof. Mauro Moriarty
    30/11/2012 às 9:45 PM

    De fato a política Alemã para os países ocupados foi lamentável, e representou uma grande derrota política Alemã em curto prazo e pior ainda uma derrota militar em longo prazo.

    A falta de visão de Hitler para os territórios ocupados foi reforçada por homens igualmente cegos para o potencial desses povos submetidos, homens como Rosenberg (Filosofo racial nazista), Hans Frank e Frink, (Plenipotenciários do Reich para a utilização do potencial humano), não conseguiram perceber que o apoio desses povos representaria politicamente uma grande propaganda positiva melhorando a imagem do nazismo, tão combatida e denegrida pelos aliados, quanto à situação militar a facilidade de recrutamento entre os povos ocupados, mas tornados colaboradores por uma política amigável poderia em grande parte ter fornecido o potencial humano necessário, ou para dar o golpe de misericórdia ou oferecido à resistência necessária contra os povos da Rússia Soviética e sua superioridade numérica.

    Quando a liderança Alemã finalmente veio perceber o potencial do que representaria a colaboração desses povos submetidos, já era muito tarde, não poderia haver nada mais que uma desesperada resistência contra forças imensamente superiores, mesmo assim essas forças lutaram corajosamente contra as hordas comunistas que avançavam contra a Europa, entre essas vai um destaque para a Divisão SS Charlemagne, que defendeu corajosamente Berlim na batalha final pela capital do Reich.

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