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Posts Tagged ‘História’

Crimes de Guerra durante a Segunda Guerra Mundial: Vencidos e Vencedores!

Importante que se estabeleça um princípio importante sobre a Segunda Guerra Mundial: não havia “mocinhos” na Segunda Guerra Mundial! Não era uma guerra do “bem” contra o “mal”, foi a degradação da humanidade. Embora devamos enaltecer os esforços e os sacrifícios de toda uma geração que lutou instintivamente para sobreviver, sejam combatentes ou civis, mas não podemos enaltecer a guerra em si. Guerra é exatamente isso: Guerra! Isso quer dizer que TODOS os seus partícipes irão se desgeneralizar de uma forma ou de outra até perder a noção do bem e do mal; perder a sua própria humanidade.

Nesta linha, publico aqui a opinião de um pensador gaúcho que sempre tem contribuído com opiniões centradas, Chico Bendl. Sua opinião reflete alguns pontos que também consideramos essenciais para que a História, enquanto ciência, cumpra seu papel, quando no estudo da Segunda Guerra Mundial, o qual listamos abaixo:

  1. A Ciência História deve estar acima dos Vencedores;
  2. Ela evolui e deve contemplar uma revisão dos Fatos em ato contínuo (Revisionismo);
  3. O Revisionismo Histórico deve acrescentar perspectivas sobre os Fatos Históricos, mas com equilíbrio e sem ser objeto de manipulação dos historiadores;
  4. A Ideologia do historiador deve sucumbir a Fatos Históricos. A visão do historiador não pode influenciar na análise destes mesmos fatos;
  5. Como condiz a todo cientista, não existe verdade absoluta, existem evidências científicas que nos levam a um veredicto, portanto, cabe ao historiador trazer a luz as evidências que nos levam a verdade, mesmo que esta seja temporal.

Comentário de Francisco Bendl

A minha grande indagação diz respeito às razões pelas quais um povo se lança em guerra contra outros porque assim determinou o seu presidente ou líder político!

Milhões morrem por capricho de déspotas ou títeres, que não têm qualquer consideração pela espécie humana, a aniquilam através de crueldades indescritíveis.

Não consigo entender por mais que eu leia sobre a Segunda Guerra Mundial, que o povo alemão, culto, inteligente, de tradições e costumes refinados, tenha obedecido cegamente a Hitler, e ocasionou o maior conflito da história da Humanidade!

Da mesma forma repudio os ataques atômicos a Hiroshima e Nagasáki, igualmente a carnificina absolutamente desnecessária com o bombardeio aéreo em Dresden, matando milhares de civis criminosamente.

Lamento profundamente ter havido apenas o Julgamento de Nuremberg, condenando os nazistas, pois paralelamente a este tribunal deveria haver aqueles que julgassem os crimes de guerra cometidos pelos aliados, que não foram poucos, incluindo os japoneses pelo que fizeram na China e com os americanos nas batalhas pelo Oceano Pacífico.

E se quisessem de fato punir o genocídio da última guerra mundial, então que os italianos se sentassem também na cadeira dos réus quando invadiram a Abissínia, em gesto tresloucado pelo fascista Mussolini.

Desgraçadamente, a história é escrita pelos vencedores, que os isentam de culpa pelas atrocidades praticadas, e deixando desta maneira um espaço enorme à punição daqueles que liberaram seus monstros dentro de si, que soltaram as bestas escondidas em suas mentes, e macularam o ser humano a tal ponto que animal algum na face deste planeta é tão brutal e cruel quanto ao bicho homem, na verdade o lobo da própria espécie, conforme sentenciado por Plauto (254-184) em sua obra Asinaria.
No texto se diz exatamente: “Lupus est homo homini non homo”. Foi bem mais tarde popularizada por Thomas Hobbes, filósofo inglês do século XVII.

O mais angustiante é que os exemplos da Segunda Guerra não foram suficientes para aplacar a ira incontida no ser humano, pois de 1.945 até 2016, 71 anos se passaram, e jamais tivemos na história tantas guerras, revoltas, revoluções, como as registradas nessas sete décadas, gerando fome, miséria, injustiças, calamidades, torturas, sofrimentos à humanidade, e sem que se discuta um fim para tanta morte ou qualquer atitude para minimizar as vidas ceifadas.

Dresdem foi um dos tantos exemplos de bestialidade, que de nada serviu para a consciência do animalesco homem!

Recife de Antigamento no Facebook

Caros amigos,

 A partir de agora estaremos juntos com a Página do Facebook Recife de Antigamente.  Se trata de uma das melhores páginas sobre a História do Recife que temos o orgulho de acompanhar. Todos os tópicos relacionados com a História do Recife estarão presentes tanto no Facebook, quanto no BLOG. A parceria também divulgará eventos e palestras relacionadas a História do Recife. Nosso objetivo é manter viva a cultura histórica e seus valores de nossa amada Recife, lutando contra a estigma de um país sem memória.

 Curta a PÁGINA NO FACEBOOK: CURTA RECIFE DE ANTIGAMENTE

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As Melhores Fotografias para uma Análise Histórica

Cada fotografia tem uma expressão histórica que fala. Basta entende-la para compreender o seu contexto e com isso refazer o cenário do passado.

Para entender esse conceito de se estudar história, publicamos uma série de fotografias de cenários, exércitos e situações diversas para que cada uma possa refletir e entender o que cada fotografia quer dizer. Se você analisou uma foto e não conseguiu contextualizar ela na guerra, pode estudar um pouco mais…

Série: A Hora H – Parte VI – Todas as Forças

Para nós uma fotografia geralmente serve como lembrança de um momento agradável. Mas para muitos que tiveram seus registros de guerra em fotografias, não esquecem o que passaram naquele momento. E quando essa fotografia reflete um momento extremo, ela toma um caráter mais nebuloso. Ser fotografado no momento em que a morte bate a porte é algo que não dá para esquecer. Infelizmente não foram poucos os casos em que os registros fotográficos param o tempo exatamente na Hora H.

 

Segue mais uma Galeria da Hora H:

História Completa da Segunda Guerra – De Olho na Polônia

 Inicialmente, o primeiro grande evento militar da Segunda Guerra Mundial aconteceu em 01 de setembro de 1939. E partir desse marco, vamos iniciar uma série que, há algum tempo, já estava em nossos planos. Um estudo histórico completo sobre a Segunda Guerra Mundial partindo de uma forma mais cronológica, ou seja, a partir de 1939 até 1945. Vamos procurar enfatizar mais de uma visão, isso incluir a visão da Alemanha, seu povo e seus líderes. Esse projeto, tem por objetivo trazer várias perspectivas de um evento grandioso, e que merecem ser analisados de várias vertentes de interpretações históricas, portanto não vamos poupar ninguém!

 Se você discordar das análises publicadas, não tem problema, poste seu comentário e vamos debater. De forma que todos possam conceber um interpretação diferente para o mesmo evento, mas aviso de antemão, nossa visão deve ser despida da ideologia ou apologia, pois o estudo histórico deve ser assim, apenas análise dos fatos!

De olho na Polônia

Em 28 de outubro de 1938, Hitler faz a primeira exigência territorial a Polônia: Danzing deveria ser devolvida a Alemanha e permitam a construção de ligações rodoviárias e ferroviárias com a Prússia Oriental através do Corredor Polonês. A Polônia recusa, mas com que fim? Em 15 de maço de 1939 os alemães desmembram a Tchecoslováquia em seus estados constituintes. A Eslováquia torna-se um protetorado alemão, a Rutênia é entregue à Hungria, e a Boêmia e a Moravia são incorporados à Alemanha. A atitude em relação à Alemanha, tanto por parte da Grã-Bretanha quanto da França, começa a mudar, especialmente entre os britânicos. Chamberlain é pressionado para declarar que a Grã-Bretanha apoiaria a Polônia contra a agressão alemã. Hitler reitera suas exigências aos poloneses que, em 21 de março, as rechaçam novamente. Dois dias depois, soldados alemães ocuparam a cidade de Memel na fronteira entre a Prússia Oriental e Lituânia, levando à conclusão de que o exército alemão poderia fazer o mesmo em Danzing. A Polônia alerta que qualquer tentativa de tomar Danzig significaria a guerra e, em 31 de março de 1939, Grã-Bretanha e França declaram que apoiariam os poloneses se isso acontecesse.

Em 15 de abril, ainda sob impacto da anexação da Albânia por Mussoline apenas uma semana antes, o presidente Roosevelt pede garantias a alemães e italianos de que não atacariam outros países europeus. Hitler e Mussoline ignoram o pedido, sabedores de que as Leis de Neutralidade de 1935-37 impedem que os Estados Unidos intervenham em uma guerra na Europa. Três anos mais tarde, Stalin proporia uma aliança de 10 anos com a Grã-Bretanha e França. Se a proposta tivesse sido aceita, é possível que os eventos subsequentes fossem diferentes.

Entretanto, as negociações se mostraram difíceis, como resultado de um antagonismo soviético-polonês que datava do conflito de 1920. A Polônia não tinha nenhuma intenção de se aliar a suas potências que, por sua vez, eram aliadas de um vizinho não confiável, e a União Soviética pensava o mesmo.

Hitler renunciou ao pacto de não-agressão de 1934 com os poloneses em 28 de abril de 1939 e repetiu suas exigências por Danzing. A isso se seguiu, em 22 de maio, o “Pacto de Aço”, no qual Itália e Alemanha prometiam apoio mútuo em caso de uma guerra futura. Para piorar as coisas, soviéticos e alemães chocam os observadores internacionais com a assinatura de uma pacto de não-agressão em 23 de agosto. O pacto incluía cláusulas sobre a divisão da Polônia entre a Alemanha e a URSS, além de garantir liberdade aos soviéticos para lidarem com os países do Báltico. Talvez mais importante ainda, o pacto significou que a Alemanha não mais enfrentava a possibilidade de uma guerra em suas frentes, um golpe duro para os aliados ocidentais, que agora percebiam que Hitler estava livre para atacar a Polônia. Em 26 de agosto os britânicos assinam um tratado de aliança com a Polônia. Hitler já dera ordens para uma invasão, mas a ação britânica o obriga a adiar.

Deduzindo, entretanto, que não havia nada que Grã-Bretanha ou França pudesse fazer para evitar uma vitória alemã na Polônia, Hitler dá nova ordem para invadir o país em 01 de setembro.

Fonte: David Jordam

10º Esquadrão de Cavalaria Mecanizada – O Esquadrão Forte das Cinco Pontas

Estamos a partir dessa data, realizando publicações especiais sobre as Unidades Militares do Exército Brasileiro e suas designações históricas, nosso objetivo é exaltar e divulgar uma prática bem comum do nosso Exército e que não é do conhecimento público, que é a designação histórica das Unidades Militares. Assim fornecer subsídios para que as pessoas possam conhecer um pouco mais de sua própria história; a história de seu país.

Iniciamos nossa homenagem ao 10º Esquadrão de Cavalaria Motorizada, comandado pelo Major André Augusto de Menezes, um oficial zeloso pela História do Brasil, inclusive com proposta para realizar um Monumento em Homenagem a Força Expedicionária Brasileira. Também não poderia deixar de citar o Capitão Landgraf que está realizando uma pesquisa sobre a atuação do 1º Esquadrão de Reconhecimento da FEB, comandado pelo então Capitão Plínio Pitaluga.

Uma Unidade que carrega o peso histórico “Fonte das Cinco Pontas” não poderia está melhor servida.

HISTÓRICO DO 10º ESQUADRÃO DE CAVALARIA MECANIZADA 

O ESQUADRÃO FORTE DAS CINCO PONTAS

Foi criado em 24 de Dezembro de 1947, por Portaria do Exmo Sr. Ministro da Guerra sob a denominação de 7º Esquadrão de Reconhecimento Mecanizado, nasceu a unidade pioneira da ARMA DE CAVALARIA do Norte e Nordeste da Brasil.

 A 10 de março de 1948 passou a ter autonomia administrativa e a 1º de Abril de 1948 começaram os trabalhos de mudança para o tradicional FORTE DAS CINCO PONTAS no Bairro São José na nossa cidade.

Em 21 de Novembro de 1973, denomina-se 7º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado e a 7 de julho de 1976 foi mais uma vez transferido , desta feita, para a nova sede localizada na BR-232, Km 10, Bairro do Curado, Recife-PE. A 1º de Janeiro de 1979, de acordo com a Portaria Ministerial nº 37 Reservada, de 28 de julho de 1978, passou a denominar-se 10º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado.

Em reconhecimento ao suor e sangue derramados por nossos patrícios no limiar da nossa nacionalidade e a ligação entre esta Organização Militar e local desse evento, o 10º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado recebeu a denominação de ESQUADRÃO FORTE DAS CINCO PONTAS , de acordo com a Port Min nº 686, de 14 de dezembro de 1994.

HISTÓRIA DO FORTE DAS CINCO PONTAS

O Forte de São Tiago das Cinco Pontas situa-se no atual bairro de São José, próximo à antiga Estação Rodoviária de Santa Rita. É a última construção holandesa no Recife e um dos monumentos mais representativos da arquitetura colonial. Foi edificado pelos flamengos, no ano de 1630, por determinação do Príncipe de Orange – Frederik Hedrik -, tendo como seu idealizador o comandante Teodoro Weerdemburgh. Chamou-se, primeiramente, de Forte Frederico Henrique.

Construída em taipa sobre um solo alto, e dominando, por completo, o porto do Recife, a fortaleza possuía como padroeira Nossa Senhora da Assunção. Ficava em uma área próxima às cacimbas de água potável de Ambrósio Machado, um abastado senhor de engenho na ilha de Antônio Vaz. Em decorrência de sua proximidade com tais cacimbas, também foi denominada de Forte das Cacimbas de Ambrósio Machado e de Forte das Cacimbas das Cinco Pontas.

Os objetivos mais relevantes daquela fortaleza eram os de garantir à população o suprimento de água potável, mediante a proteção das cacimbas (ponto vital para o abastecimento d’água do Recife), e impedir que os navios inimigos circulassem pelas águas do rio Capibaribe, e chegassem até a Barreta dos Afogados (através de uma passagem existente nos arrecifes), podendo se evadir, a partir daí, com os barcos carregados de açucar.

Com a vinda do Conde João Maurício de Nassau-Siegen para o Recife, os holandeses iniciaram a construção de um canal de trinta metros de largura, partindo do Forte Frederico Henrique e se estendendo até o local onde se encontra, hoje, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. Em 1637, por sua vez, as muralhas e a profundidade do fosso da fortaleza foram reformados.

No século XVII, ela é destruída por João Fernandes Vieira e ocupada por tropas luso-brasileiras, sob o comando de André Vidal de Negreiros e do general Francisco Barreto de Menezes. A capitulação dos holandeses ocorre na campina do Taborda, perto do atual Cabanga Iate Clube. Quando o Forte foi rendido, em 1654, havia os seguintes elementos em seu inventário oficial: 17 canhões de calibre 2 a 24, dois alfanges de cortar cabeça e vários outros apetrechos bélicos.

A esse respeito, existe hoje, na entrada do Forte, uma placa que registra a rendição holandesa:

Próximo a este forte das Cinco Pontas, um dos últimos baluartes flamengos, na chamada campina do Taborda, existiu a porta sul de Mauricéia, onde o mestre de campo general Francisco Barreto, chefe militar da campanha de libertação e restauração de Pernambuco, recebeu a 28.1.1654, na qualidade de vencedor, as chaves da cidade, que lhe foram entregues pelo general Segismundo von Schkoppe, comandante das forças holandesas que, na ante-véspera se haviam rendido. Esta memória foi mandada colocar pelo Exército, no ensejo das comemorações do tricentenário da Restauração. 1654 – 1954.

Compreendendo a importância da fortaleza para a segurança e o controle da cidade, do ponto de vista estratégico, Fernandes Vieira ordena que a construção comece a ser restaurada em 1677. Dessa vez, os portugueses empregam um material mais resistente do que a taipa (que os flamengos utilizaram na construção primitiva), e as obras são concluídas em 1684.

Durante essa restauração, porém, um dos baluartes (ou pontas) do forte é suspenso, e o local fica reduzido a quatro pontas apenas (adquire a forma quadrangular), ao invés da pentagonal do início. De 1746, encontra-se preservada a seguinte descrição do Forte das Cinco Pontas: “um quadrado com quatro baluartes, com fossos e estrada coberta, e montava 8 peças de bronze de calibre 6 a 14, 8 de ferro de calibre 6 a 30, e 6 pedreiras de bronze de calibre 1 e 2; era comandado por um Capitão que recebia 16$000 de soldo por mês e mais 3 quartas de farinha, tinha um destacamento de fuzileiros e artilheiros, com um sargento e um condestável.”

Mas, continua a ser chamado, por todos, de Forte das Cinco Pontas (ouVijfhoek, em holandês), por ter a forma de uma estrela. A despeito da perda de um baluarte, o local termina ficando, mediante a nova configuração, com uma área total bem maior que a anterior. Cabe dizer ainda que, durante muitos anos, a fortaleza funcionou como uma prisão.

O último nome adquirido pelo forte, finalmente, é o de São Tiago das Cinco Pontas, pelo fato de haver, em seu interior, uma pequena capela dedicada a São Tiago Maior, um dos seus santos padroeiros.

Por volta do ano 1817, o local abriga, também, a sede do Quartel General Militar. Antigamente, o forte possuía uns subterrâneos que serviam de prisão, mas eles foram demolidos no ano de 1822, por ordem de Gervásio Pires Ferreira, que dirigia a Junta do Governo Provisório de Pernambuco. Tais subterrâneos, vale salientar, eram verdadeiros túmulos dos vivos. Um dos presos mais ilustres, em 1935, tratou-se do romancista Graciliano Ramos. Em Memórias do cárcere, seu famoso livro, Graciliano se refere à Estação de Cinco Pontas como sendo um quartel.

O Forte de São Tiago das Cinco Pontas possui um pátio interno, várias celas com grades pesadas, feitas em ferro, e um túnel oculto, planejado para os holandeses fugirem, caso sofressem uma invasão. As muralhas da construção, por outro lado, se apresentam recortadas nos pontos em que aparecem os antigos canhões de bronze. Pode-se apreciar um belo portão na entrada da fortaleza, todo feito em madeira de lei. As demais portas e janelas do forte foram confeccionadas com material idêntico.

Ao lado da fortaleza há um histórico paredão onde, no dia 13 de janeiro de 1825, foi morto o frade carmelita Joaquim do Amor Divino Caneca – o conhecido Frei Caneca. Tal paredão ficava junto à forca, onde deveria morrer o célebre mártir pernambucano.

No início do século XX, o Instituto Arqueológico e Geográfico de Pernambuco mandou colocar uma lápide em mármore, na parede onde Frei Caneca foi morto, contendo os seguintes dizeres:

ESTE LARGO FOI ESPINGARDEADO

JUNTO À FORCA, A 13 DE JANEIRO DE 1825

POR NÃO HAVER RÉO QUE SE PRESTASSE

A GARROTEÁ-LO O PATRIOTA

Homenagem do Instituto

Archeologico e Geogrraphico

2-7-1917 Pernambuco

FONTE: FUNDAÇÃO JOAQUIM NABUCO

O Forte das Cinco Pontas atual

 

10º ESQUADRÃO DE CAVALARIA MECANIZADA

Major André Augusto com representantes da ANVFEB-PE

 

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Artigos sobre o Protesto dos Militares da Reserva

Nunca foi o objetivo desse BLOG politizar ou ser tendencioso em questões contemporâneas, contudo os assuntos dos posts abaixo é mais uma reflexão histórica do que um partidarismo. Não queremos discutir ou entrar em debates sobre a legitimidade da Comissão da Verdade, mas a injustiça na imposição do silêncio a um setor tão importante da sociedade quanto os militares é um precedente extremamente perigoso para um país com a maturidade democrática que alega ter. Se o julgamento do passado for com o objetivo de fazer com que o Brasil conheça sua própria História, isso é salutar e deve ser implementado, mas é imperativo que englobe todos os culpados, inclusive os que cometerem crimes em nome de uma revolução que nunca aconteceu.

Como podemos começar a discutir a verdade se um dos lados tem seu direito de livre expressão caçado?

Íntegra de novo manifesto de militares da reserva

Gol de placa de Amorim: em 4 dias, decisão destrambelhada e ilegal de punir militares da reserva gera 500 novas adesões.

A FEB – Lendas e a Verdade Histórica – Parte I

Ouvi de certoProfessor de História” que a participação brasileira na Segunda Guerra Mundial foi medíocre, e que o país era pau mandado dos Estados Unidos, sendo que jamais poderia dizer que lutou na Europa… Segundo ele: “É ridículo estudar isso”.

Percebi que há milhares de jovens entusiastas da Segunda Guerra, que sabem tudo sobre esse evento, menos os detalhes da FEB, sigla que muitos até desconhecem!

Ouvi de um jovem estudante do ensino médio, que o Brasil fez foi vergonha quando na Itália…

Em um comentário do Orkut alguém citou: “O Ataque a Monte Castelo foi uma festa de ‘fogo amigo’…

Outro falava que a quantidade de baixas da FEB foi absurda…mais de 1000 mortos!

O Brasil tinha os uniformes parecidos com os dos alemães…E muitos morreram por causa disso!

Um jovem catarinense me enviou um email fazendo uma série de perguntas sobre a vida de alguns generais germânicos que lutaram na Guerra e seus destinos. Aproveitei e perguntei se ele conhecia o General Olympio Falconière, recebi como resposta: Ele era italiano? …Não respondi mais seus e-mails.

Um estudante do 5º Período de História me parou para dar os parabéns por ter lido um artigo meu publicando em um jornal do Recife… “Gostei muito do seu artigo sobre a FEB, não sabia que o Brasil tinha lutado na Segunda Guerra.” 5º Período? De História? Meu Deus!!

Com relação a William Waack… Não comento, pois como historiador ele é um excelente jornalista…

Outro comentário:  faltou soldado para a FEB e ficaram convocando o povo que passava na rua na frente dos quartéis…

Então vamos lá! Chega de MITOS SOBRE A FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA…SÓ HISTÓRIA…FATOS!

É importante colocar uma coisa: devemos separar a atuação do governo brasileiro à época da Segunda Guerra da atuação da Força Expedicionária Brasileira desde a sua formação até a sua desmobilização, portanto a análise deve ser realizada sob duas ópticas distintas. A primeira delas é o ambiente em que a FEB foi criada e as ações governamentais que foram estruturadas para que o Exército Brasileiro formasse uma Divisão para lutar, sabe lá Deus aonde, e se iria lutar. A segunda visão, a militar, nos proporciona a seguinte reflexão: qual foi e como foi o papel da FEB como força empregada no Teatro de Operação e sua importância total no cenário da guerra.

Primeira resposta: sábado 18/01

Os alemães e o Brasil – A Imigração Alemã

A partir de hoje estaremos publicando uma série de artigos do Mestre em História Alessandro dos Santos Rosa.

 O Mestre Alessandro Santos é natural da cidade de Carazinho no Rio Grande do Sul. Graduado em História em 2002 pela Universidade Católica Dom Bosco, UCDB, Campo Grande-MS, realizou especialização na Universidade Paranaense, UNIPAR, Umuarama-PR. Na Universidade Federal do Paraná realizou Mestrado, defendendo a seguinte tese: A REINTEGRAÇÃO SOCIAL DOS EX-COMBATENTES DA FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA (1946-1988). Com uma brilhante abordagem acadêmica sobre um tema tão pouco explorado dentro de nossas universidades, Alessandro conseguiu produzir um retrato fidedigno das dificuldades que todos os pracinhas enfrentaram ao se depararem com a pouca receptividade do país até a promulgação da Constituição de 1988.

Alessandro também é um palestrante e colaborador da Associação Nacional dos Veteranos da Força Expedicionária Brasileira – Seccional Pernambuco – (ANVFEB-PE).

São exemplos como o do Mestre Alessandro Santos que projetam luz sobre a escura ignorância histórica, para que as próximas gerações possam conceber os aprendizados do passado, e honrar os sacrifícios realizados por pessoas que não perderam a vida nos campos de batalha, mas quase perderam a dignidade pelo esquecimento governamental.

Os alemães e o Brasil

A Imigração Alemã

No início do século XIX, a sociedade européia passava por evoluções no campo econômico, havendo um grande impulso na industrialização, fato esse que exigiu mão-de-obra especializada. Como reflexo, ocasionou a ruína de muitos artesãos e trabalhadores que desenvolviam atividades em pequenas indústrias domésticas dentro da Alemanha.

Impossibilitados de desenvolverem suas atividades, esses trabalhadores livres começaram a formar um grande contingente de mão-de-obra (barata) assalariada para a indústria que hora vinha surgindo dentro no país germânico.

Como conseqüência do surgimento dos novos maquinários, da mecanização no campo, houve um aumento na produção, mas, em contrapartida, houve a diminuição da necessidade de mão-de-obra, causando o desemprego de inúmeras das pessoas que viviam da agricultura.

A Alemanha passava por um momento de desintegração dos resquícios da estrutura feudal, ocasionando desemprego no campo e migração para os grandes centros, aumentando as estatísticas de proletariados.

Grande parte destes agricultores expulsos do campo na Alemanha veio para o Brasil, em um movimento imigratório ocorrido entre os séculos XIX e XX. Os mesmos dirigiram-se principalmente para o sul do país, devido as condições climáticas assemelharem-se às da terra natal, qual seja, a Alemanha. As causas deste processo podem ser encontradas nos freqüentes problemas sociais que ocorriam na Europa, como analisado anteriormente, e a fartura de terras no Brasil, aguardando uma ocupação.

Aqueles que saíram da Alemanha e imigravam para o Brasil, de uma forma geral eram os que haviam sido prejudicados pelas evoluções industriais que ocorreram na Europa. Eram trabalhadores que haviam perdido suas terras, mas também indivíduos insatisfeitos com o cenário alemão, ex-artesãos e empreendedores. Eram pessoas que perderam tudo e estavam passando por grandes dificuldades.

O governo germânico criava incentivos para que os alemães se estabelecessem em outras terras, em algumas situações até contratava administradores e profissionais liberais para formação de colônias. Com o surgimento da máquina a vapor e a evolução dos meios de transportes marítimos, houve também uma maior procura pela imigração, pois a travessia do além-mar estava com suas dificuldades parcialmente resolvidas.

Os primeiros imigrantes alemães foram trazidos ao Brasil a mando do Rei Dom João VI, em 1818. O governo assentou famílias suíças nas serras fluminenses e estas fundam o município de Nova Friburgo. No mesmo ano, colonos alemães são mandados para a Bahia, porém tratava-se de algumas poucas famílias, em número pouco representativo ante a imensidão de terras de que era composto o território brasileiro.

Em 1820, chegam as primeiras famílias de alemães a Nova Friburgo, no estado do Rio de Janeiro. Dom João VI tentava atrair mais imigrantes alemães. Em 1823, após a independência, foram criados grandes grupos de estrangeiros para povoar as terras ainda não ocupadas. Essa inserção dos imigrantes alemães tinha como objetivo central a garantia da soberania nacional.

Os primeiros alemães que chegam ao Sul do Brasil, no ano de 1824, são assentados à margem sul do Rio dos Sinos, onde a antiga Real Feitoria do Linho Cânhamo fora adaptada para servir como sede temporária dos recém-chegados, na atual cidade de São Leopoldo, como analisado por Dennison de Oliveira: “O início da imigração alemã para o Brasil remonta à conjuntura imediatamente posterior à Proclamação da República (1889), entraram no Brasil pouco mais de setenta e oito mil alemães”. (p. 14).

Então, a busca oficial por colonos (nesta fase, alemães) passou a ser uma política imperial, pois havia necessidade de ocupar os territórios por hora demarcados e pertencentes ao Brasil.

Relacionando o número de etnias que imigraram para o Brasil, os alemães não representaram a maior soma, conforme abordado por Dennison:

No período republicano, auge do movimento de imigração para o Brasil, a maior parcela de imigrantes correspondeu aos portugueses, com 31% do total (ou 1.604.080 indivíduos), seguidos de perto pelos italianos com, 30% (1.576.220”), e espanhóis, com 14% (711.177). Aos alemães coube contribuir com apenas 4% do total de imigrantes (208.142), parcela menor até que a dos japoneses com 5% (247.312). (p.13).

 

A ocupação alemã no Rio Grande do Sul com a fundação da colônia de São Leopoldo sofreu uma interrupção com um movimento que eclodiu neste Estado, a Revolução Farroupilha, vindo a ser normalizada novamente na década de 1850. Em Santa Catarina, a chegada dos alemães ocorreu em um período posterior. Em 1828 instalam-se na colônia de São Pedro de Alcântara, aumentando o fluxo duas décadas mais tarde.

Segue abaixo um quadro demonstrativo do fluxo da imigração alemã:

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1984)

Na tabela acima pode ser verifica as flutuações da imigração alemã dentro dos períodos que correspondem a décadas, tendo o maior fluxo de imigrantes na década de 20 do século XIX.

  Referencia Bibliográfica

 

* Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

* GERTZ, René. O perigo alemão. Porto Alegre: Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1991

* OLIVEIRA, Dennison de. Os soldados alemães de Vargas. Curitiba: Juruá, 2008

* SEYFERTH, Giralda. A colonização alemã no vale do Itajaí – Mirim. Porto Alegre: Movimento, 1985


SEYFERTH, Giralda. A colonização alemã no vale do Itajaí – Mirim. Porto Alegre: Movimento, 1985. p. 21

GERTZ, René. O perigo alemão. Porto Alegre: Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1991. p. 11

OLIVEIRA, Dennison de. Os soldados alemães de Vargas. Curitiba: Juruá, 2008. p. 14

Idem. p.13

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Hans Liscka – O Artista Alemão da Segunda Guerra – Final

 Um artista conseque expressar em sua obra a imortalização do momento, por isso mesmo há quadros famosos de períodos que não existia ou não estava disponível a fotografia, mas que foi expressada de forma tão contudente que a imagem tomou forma realista e chocou o mundo, exemplo disso são obras expressivas de Picasso que retratavam a Guerra Civil e tantos outros que foram criados a eternizados. Nos dois últimos publicações mostramos a obra de Has Liscka uma artista que lutou e viveu o  que retratou. Segue a última postagem da série:

Várias Fotos que Merecem um Post

Publiquei “foto que merece um post“, então recebi um monte de emails e mensagens sobre a foto. E nosso companheiro ARaguenet publicou essas fotos abaixo no WebKits que reproduzo aqui, a origem da foto são do livro Gun Camera, o autor L. Dougals Keeney.

Calendário Histórico – 23/03

Com o objetivo de olhar para trás e saber os principais acontecimentos que marcaram a história do homem, vamos postar algumas datas importantes que coletamos.

Vocês podem enviar datas que por acaso passem em “branco”, ficando à vontade para sugerir os assuntos que achem interessante acrescentar.

Email: blogchicomiranda@gmail.com

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL  – 23/03/1939

Tropas Alemães ocupam o Memel na fronteira entre a Prússia Oriental e a Lituânia. A Polônia avisa a Alemanha que uma tentativa similar de tomar Danzig levará à guerra.

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL  – 23/03/1942

Os japoneses ocupam as ilhas Andaman e atacam Port Moresby


SEGUNDA GUERRA MUNDIAL  – 23/03/1945

Patton cruza o Reno em Oppenheim

Primeira conferência mundial sobre comércio

No dia 23 de março de 1964, 119 países participam em Genebra da primeira conferência mundial sobre comércio, organizada pelas Nações Unidas

Um dos principais objetivos dos representantes de 75 países em desenvolvimento que participaram da conferência era garantir bons preços às suas matérias-primas no mercado mundial. Essa meta, assim como a tentativa de vender aos países ricos sua produção industrial e garantir empregos, não foi aceita pelo Hemisfério Norte.

Os países desenvolvidos, por sua vez, resolveram “fazer tudo o que estivesse ao seu alcance para criar melhores condições para uma nova ordem mundial”.

O único resultado concreto desta Conferência da ONU de Comércio, Energia e Desenvolvimento, que, aliás, custou 25 milhões de francos suíços, foi a intenção de organizá-la regularmente e a iniciativa de formar a Organização das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento (Unctad). Esta acabou sendo criada em dezembro do mesmo ano.

Instituição internacional para questões de desenvolvimento

A Unctad foi criada como entidade intergovernamental permanente para tratar das questões do desenvolvimento e outros assuntos sobre comércio, finanças, tecnologia e desenvolvimento sustentável.

Seu objetivo oficial: “Aumentar ao máximo as oportunidades de comércio, investimentos e progresso dos países em desenvolvimento, ajudando-os a fazer frente às consequências da globalização e da integração da economia mundial em condições equitativas. Atuar na expansão e diversificação das exportações, na abertura de mercados e ajuste de estruturas produtivas dos países em desenvolvimento.”

Atualmente, a entidade funciona mais como um fórum para debater temas de interesse de seus membros. As negociações mundiais sobre acessos a mercados acontecem na Organização Mundial do Comércio (OMC), criada em 1995 para substituir o Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT), que vigorava desde 1948.


Recife e suas Mutilações

A nós pernambucanos, nascidos na segunda metade do século XX, nos foi  dado o direito de descobrir as sutilezas  resplandecentes do mundo moderno, homens e mulheres forjados pelas tecnologias que nos fez respirar uma realidade inimaginável pelos nossos antepassados, fazendo vislumbrar sempre o futuro. Somos integrantes de um mundo globalizado, ansiosos por suas transformações e sua trilha para o futuro. Mas a conscientização na preservação do nosso passado é algo distante no mundo contemporâneo em especial no Brasil. Infelizmente, não temos a consciência da preservação da nossa identidade histórica para as gerações futuras, preferimos desfrutar da expectativa do futuro a preservar nossa história. Nossas crianças manipulam as redes sociais com a facilidade e a trivialidade do cotidiano, mas não sabem onde está localizado o Teatro Santa Isabel, por exemplo.

O povo pernambucano é um bravo por natureza. Nossa formação nos últimos 500 anos é marcada por pioneirismos, suor e sangue, basta observar a lista dos mártires pernambucanos que compõe o quadro de heróis da pátria. Mas a preservação histórico dessa passado heroico é mutas vezes relegada ao esquecimento, já que, infelizmente, nós pernambucanos, temos pouca vocação para valorizar, contemplar, aprender e preservar a nossa própria história, e isso não é privilégio apenas de nossa geração. A incoerência e os desmandos dos homens que deveriam, em tese, proteger nosso patrimônio histórico, não o fizeram muitas vezes por interesse político ou por motivos torpes, uma destruição metódica do nossa passo, sem qualquer justificativa. Vamos a alguns exemplos.

A ponte mais antiga das Américas foi inaugurada em 28 de fevereiro de 1643, pelo Conde Maurício de Nassau, e ligava o povoado da ilha dos arrecifes ao continente; o bairro do Recife, mais conhecido como Recife Velho, é uma ilha. Moradores da cidade não sabem, não conhecem a geografia da sua cidade. No local onde o Recife nasceu, justamente na cabeceira da Ponte construída pelo Conde Flamengo, e que recebera seu nome, existia o Arco da Conceição, o Portão de Entrada da cidade. Essa maravilhosa obra, testemunha do passado, foi demolida 1913, por exigências do trânsito. Isso mesmo. Em 1913, o trânsito em Recife já era terrível (felizmente, os franceses não acharam isso no Arco do Triunfo em Paris).

As pessoas que deveriam cuidar do patrimônio público demoliram, também por exigências do trânsito o Arco de Santo Antônio (1917), e por motivos não declarados, o Arco do Bom Jesus(1850), o maior de todos, privando as gerações futuras de contemplar tais construções, os (in)responsáveis à época da demolição, não pensaram que um dia as futuras gerações pernambucanas mereceriam contemplar tais obras.

Um outro caso notório: em 1971 o então, Excelentíssimo Senhor Prefeito do Recife Augusto Lucena, após embates com intelectuais e especialistas da época, destruiu completamente nada mais do que 400 casas, 11 ruas (Rua Augusta, Rua Santa Teresa, Rua do Alecrim, Rua de Hortas, Rua Dias Cardoso, entre outras), o Pátio do Carmo e a Igreja do Senhor Bom Jesus dos Martírios, para a construção da Avenida Dantas Barreto, um corredor viário inútil que logo foi apropriado pelo comércio ambulante, pelos terminais de ônibus e estacionamentos. Só por curiosidade, a igreja do Senhor Bom Jesus dos Martírios, tem sua construção datada entre 1791 a 1796, com uma fachada em estilo rococó, pela Irmandade do Senhor Bom Jesus dos Martírios (a Irmandade dos Homens Pardos), em terreno doado pelo Sargento-Mor José Marques do Vale e sua esposa, a Sra. Ana Ferreira, era a única do Brasil totalmente edificada por negros escravos. Um outro Detalhe, o Prefeito recebeu o apoio da Arquidiocese de Olinda e Recife, sob denúncias de suborno, pressão política e sabe lá Deus mais o que.

No final das contas, Recife jaz na mutilação incessante que a cada século administradores teimam em continuar a privar as novas gerações de contemplar nossa própria história. Por fim, fico encerro com as palavras do Professor Luís Manuel Domingues do Nascimento, professor de História da Universidade Católica de Pernambuco quando se refere ao assunto: Quase sempre tudo foi operado em nome do futuro, uma entidade inflexível e onipotente que outorgava um projeto de um mundo novo que se constitui no presente e se instala no futuro, mas em momento algum se situa ou se reporta ao passado e à tradição”.